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PME NA HORA Conhecimento Internacionalização 10 mandamentos para exportar
 

 

 

10 mandamentos para exportar
Conheça os novos 10 mandamentos para a exportação portuguesa
 
 
                       O novo mundo luso: 10 novos mandamentos para exportar
                       Joaquim Rocha da Cunha
                       Presidente do Conselho da PME
                       Economista, PG Estratégia de Exportação
 
 

1.

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Exportar Qualidade a que preço? 
Desde pelo menos a adesão à CEE em 1986, que se instalou em Portugal a moda da qualidade. Portugal será seguramente uma origem de qualidade, os produtos têm uma excelente relação qualidade preço. Contudo, o valor não se mede pela qualidade intrínseca, mas pela que é realmente percepcionada e valorada pelo cliente. A excessiva enfase numa cultura da qualidade pela qualidade, afunilou sem qualquer dúvidas os gestores, na produção, nos processos e no produto. Desfocando-os do mercado. Num país em que a cultura organizacional é produtivista, e em que 4 quadros comunitários de apoio se focaram na qualidade e na produtividade, o resultado é o óbvio: Portugal faz bem, mas, vende mal. Ou como reportava a BBC há 20 anos: “os portugueses trabalham muito mas produzem pouco”.
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2.

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Marca país ou promoção das marcas do país?
Um dos erros mais repetidos por décadas pelo país foi a aposta na marca “Portugal” com estafadas e por vezes, ininteligíveis campanhas publicitárias pagas a peso de ouro nos media internacionais. Em 1992 fiz um estudo do mercado e da imagem de Portugal nos Estados Unidos da América (EUA), no qual concluí que a marca “Portugal” nos EUA se arriscava a ser confundida com uma qualquer marca de sabonete- tinhamos à época menos orçamento que Aruba para gastar. Não podemos aspirar nunca a ter um papel crucial nessa guerra de grandes números. Itália, França, Reino Unido e mesmo a Espanha, tornaram-se modas mundiais, por serem berços culturais, pelas imagens difundidadas pelas TV’s e filmes, pelos artistas e escritores. Figo fez mais pela imagem de portuguesa em Espanha do que todas as mega campanhas publicitárias lá pagas. Seguiram-se Mourinho, Ronaldo, que valem muito mais os AllGarve’s ou West Coast of Europe’s do nosso défice. 
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3.
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Fomento das exportações.
Uma das ideias feitas lusas, consiste em pensar que as exportações são um puro negócio de mercado e de qualidade e negligenciar os aspetos de financimento e lóbi público internacional. Ou seja a diplomacia económica. Esta realidade é praticada aliás pelos principais países do mundo, com décadas de expertise e empenho. Britânicos, Americanos, Franceses, Espanhóis, Japoneses, e claro, Chineses, dedicam-lhe toda a atenção e dinheiro que podem.
Sim, o dinheiro e o fomento das exportações, tem um papel dominante na maioria dos países bem sucedidos, aliando-se à capacidade diplomática de pôr a política externa ao serviço dos negócios. Portugal.gov mantém estruturas de promoção desfasadas dos mercados, afuniladas no umbigo de Lisboa, e faz mais do mesmo há tempo demais.
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4.
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Evolução da procura e Mercados de destino
O crescimento económico das novas potências, os BRICS dinamiza o comércio mundial nesta década. Sendo Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Angola os nossos principais clientes, o risco é elevado. Potências com elevado poder aquisitivo e classes médias ávidas de ocidente como China e Brasil, representam menos de 2% das exportações.
Brasil e China, com 1500 milhões, são dois países com laços históricos de amizade, cujas classes médias têm liquidez e crescem. Lá, a imagem de Portugal não é menosprezada, muito pelo contrário: as novas elites olham para Portugal como berço da cultural, matriz de produtos, feitos e língua. Nos 2 continentes deste século, América do Sul e Ásia, Portugal tem uma imagem fortíssima, sem anti-corpos e é visto com devoção e interesse notório. 
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5.
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Exportação também é internacionalização?
Antes de se internacionalizar com investimento direto estrangeiro as empresas devem preferencialmente exportar, como primeiro passo do processo.  Biliões de QCAs, resultaram num país em que as exportações dependem dum reduzido numero de empresas, e em que apenas 3% das empresas exportam. A “promoção do potencial exportador” das PME é o único caminho para a recuperação. Se envolver investimento, há que fazê-lo.
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6.
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Investimento nos canais de distribuição.
Muitas das exportações explicam-se pelos canais que existem para escoar produtos. Portugal conquistou quota em Espanha pela proximidade, mas também pelo forte investimento luso. O mesmo se passa em Angola, onde as exportações se devem ao investimento: Portugal é o maior investidor externo em Angola, superando China, EUA, Brasil ou África do Sul. O fato de Portugal ter quotas de mercado rídiculas em potências como EUA, Brasil ou China, pode explicar-se precisamente pelo inverso: Portugal não investiu nesses países em empresas capazes de provocar importação desses mercados, e consequente exportação de produtos portugueses.
Importará portanto ter presente o custo do "empate de capital" e o retorno razoável desse mesmo investimento feito.
Países racionais e objectivos, como os Estados Unidos consideram que a aposta num novo país tem o limite temporal de três anos. Findo esse período ou está a pagar à casa mãe o investimento feito ou retiram-se desse mercado.
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A (in)cultura Internacional
Uma das mais graves debilidades lusas, é, 25 anos depois da entrada na CEE, um “problema “estrutural”: falta cultura internacional. A verdade é que Portugal gerou uma camada de industriais e gestores, mas não uma geração com cultura e vivência internacional. A falta de gente que viaje pelos mercados emergentes e a ausência de conhecimento do novo mundo, resulta numa geração fechada sobre si própria, sobre o umbigo do pessimismo. Os lusos vêm-se a si próprios como improdutivos crónicos, “PIGS”! 
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8.
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A falta de orgulho e confiança nas coisas boas do país
Uma das razões da descrença lusa e da não aposta nas exportações é a baixa auto-estima do povo. Um povo que não conhece ou se envergonha da sua história, não tem futuro.
O vinho, o azeite, o bacalhau, os alimentos, as roupas, os calçados, juntam-se aos pasteis de belém e ao café, quem diria, esse cluster de bem viver luso que o mundo aprecia. Comer um pastel de nata em Londres ou Tóquio tornou-se moda e grande negócio. A maior cadeia de fast-food Árabe investiu milhões no seu mais novo produto, o “pastel de bacalhau”. As padarias de portugueses são hoje as lojas gourmet em países ex-colónias portuguesas. Mas isto é ignorado pelos residentes lusos.
Esta apetência pelo consumo made in Portugal existe nos mercados emergentes: os portugueses, entretidos com o défice, esquecem-se que o novo mundo os adora. No novo mundo, o que conta e vai ditar este século, não somos PIGS, somos KINGS.  Mas quem não aparece, esquece e não é lembrado.
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9.
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Políticas urgentes e inadiáveis
Havendo novo Governo, e necessidade imediata de estancar o défice externo, o caminho é só e apenas um: exportar. Havendo fotes dotações de QREN por executar, impõe-se sua imediata revisão para total direccionamento dos recursos para a exportação e seu fomento. Como os mercados alvo devem ser os do novo mundo, fomentar, promover, financiar as exportações e financiar investimento luso nesses países. A promoção do potencial exportador, passa por investir na criação de cultura internacional dos nossos gestores, pelo financiamento de operações de investimento em tradings locais nos mercados, e em efetivas missões comerciais. O papel da máquina pública do setor deverá focar-se na produção de conhecimento sobre oe mercados e sua difusão em Portugal e na agilização de contatos iniciais nos mercados. Embaixadas e Consulados podem e devem ser envolvidas numa estratégia de promoção, e há formas de fazê-lo com estratégias win win e de de baixo custo. Isso é know-how.
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10.
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O papel da PME Global
Desde há vários anos, que apostamos na criação duma PME Global. Que com matriz lusa crie informação e oportunidades de negócios nos mercados de afinidade. PME de portugalidade mundialmente empreendedora. PME do espaço lusofono. PME das comunidades lusas espalhadas pelo mundo. PME dos espaços de matriz lusa nos 5 continentes. PME dos espaços de admiração por Portugal nos países de América Latina e Ásia.
Criamos uma rede privada de informação e de agentes que cobrem hoje os mercados emergentes. Como em tudo há um foco e prioridades.
Brasil e China são dois dos mercados onde criamos estruturas que mais podem fazer crescer as exportações portuguesas. Angola, Moçambique, Médio-Oriente são também apostas da PME para apoiar e ser parceiras dos gestores lusos na criação de parcerias de valor para os negócios. Para isso no portal pmeportugal.pt, encontra uma oferta de valor acrescentado quanto a conhecimento sobre mercados, a formas de operação neles, bem como oportunidades de negócio. Vá a pmeportugal.pt e não deixe para amanhã o negócio que pode fazer hoje.
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