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PME NA HORA Conhecimento Internacionalização O Futuro das Empresas Portuguesas: Exportações, Turismo e Inovação
 

 

O Futuro das Empresas Portuguesas: Exportações, Turismo e Inovação

 
Ficou a saber-se que em 2012 Portugal continuará em recessão, sendo apenas ultrapassado pela Grécia.
 
Mas esta crise reflete-se de forma idêntica em todos os setores e empresas?
Não.
 
Sim fruto do menor consumos das famílias e do Estado, as vendas dentro de Portugal vão continuar a cair. Setores inteiros como a construção estão a ser dizimados, pois não há clientes. Financiamento é um termo do passado. Por todas e muitas mais razões, o dinheiro virá dos consumidores do exterior.
 
Empresas que já exportam vão exportar mais. Afinal os mercados desenvolvidos crescerão a um ritmo de quase 2% nestes 2 anos. Mas as economias emergentes, nas quais se incluem Brasil, Angola, Moçambique e china, crescerão três vezes mais. Os seus consumidores têm mais dinheiro e consomem mais. As suas empresas importam cada vez mais. E é nestes novos e inexplorados mercados que estão múltiplas oportunidades para as empresas portuguesas.
 


As empresas podem começar ou continuar a exportar para a Europa ou para os EUA. Mas são mercados estagnados, sujeitos à crise da dívida e onde a concorrência á muito forte, e onde os canais de distribuição estão há muito definidos.
 
Pelo contrário, os países emergentes têm canais em formação, têm muito espaço e liquidez e estão ávidos de produtos portugueses e soluções em português.
 
Por estas razões, o futuro das empresas portuguesas está sem dúvida em explorar as exportações para os mercados emergentes. Porque Brasil crescerá 4,5% e tem centenas de milhões de consumidores, Angola, Moçambique e Índia crescerão 7% e China, lá continuará a crescer 9%. São estas entre outras economias, onde há liquidez e onde Portugal é bem visto como boa oferta e de qualidade. Acresce que em muitos destes emergentes existem comunidades lusas ou de luso-descendentes que cultivam tradições portuguesas.
 
Além da exportação, o turismo continuará o seu crescimento, até porque Portugal é cada vez mais um destino de qualidade/low-cost, o que deriva duma excelente paisagem e infra-estrutura com baixos salários. Tal como nas exportações, no turismo, quem paga é o consumidor estrangeiro.
 
E em todos este potencial de futuro, que já é presente no crescimento a 2 dígitos das exportações ou na cara dos novos turistas frequentes das ruas de Porto e Lisboa, necessita de permanente inovação. Não apenas de novos olhares, mas de viagens por esse mundo fora.
 
Os gestores e empreendedores lusos de hoje, quais novos Vasco da Gama e Álvares Cabrais à descoberta de novas oportunidades e de novos mercados. Eles há muito sabiam que os desígnios lusos sempre estiveram bem para lá da pequena Europa e sempre à procura do novo mundo.
 
Lurdes Mota Campos
Advogada, MBA, Gestora de Projectos