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PME NA HORA Notícias

09-02-2012 [DIÁRIO ECONÓMICO] Moçambique à procura de PME nacionais

"A Embaixada esteve envolvida numa série de ‘work shops’ destinadas às PME nacionais, onde este presente Joaquim Couto, dirigente da PME Portugal. Para este responsável, a aposta das PME nacionais em Moçambique é um imperativo estratégico "

 


Moçambique à procura de PME nacionais
                 
Os sectores prioritários são os do costume – turismo, serviços e agricultura – mas o governo de Moçambique quer agora captar o interesse das pequenas e médias empresas nacionais para o investimento directo naquele país africano. Filomena Malalane, adida comercial da Embaixada de Moçambique em Lisboa, explicou ao Diário Económico que o potencial de crescimento da economia moçambicana – com o PIB a crescer 7% em 2010 – é dos mais elevados do continente africano.
Apesar da força do investimento da República da África do Sul no território – que Filomena Malalane não considera excessiva – há um espaço muito amplo para novos investimentos. Nomeadamente, disse, porque a estabilidade política é uma realidade sustentável e as autoridades económicas não obrigam a que os investimentos estrangeiros sejam mantidos em regime de ‘joint venture’ com empresários locais – ao contrário do que sucede, por exemplo, no caso de Angola.
Para aquela responsável da Embaixada, a recessão da envolvente das PME nacionais pode ser – precisamente pela falta de oportunidades no mercado interno – o momento certo para o estabelecimento de uma estratégia de diversificação de mercados. Nesse quadro – e uma vez que Angola e Brasil parecem estar a sofrer o chamado ‘efeito manada’ – Moçambique afigura-se como uma alternativa a considerar.
Para além dos três sectores referidos, Moçambique mostra ainda estar fortemente dependente de investimentos nos segmentos das infra-estruturas, telecomunicações e transformação industrial de recursos naturais. O Estado proporciona – entre outras medidas – créditos fiscais aos investidores privados estrangeiros, que serão maiores se o fomento da economia se der fora da capital. Por outro lado, disse ainda Filomena Malalane, a desburocratização dos processos de investimento é outra das apostas do Governo.
A Embaixada esteve envolvida numa série de ‘work shops’ destinadas às PME nacionais, onde este presente Joaquim Couto, dirigente da PME Portugal. Para este responsável, a aposta das PME nacionais em Moçambique é um imperativo estratégico que deverá servir para diversificar de mercados já demasiado competitivos, como são o brasileiro, ou dificilmente alcançáveis á dimensão média das PME, como é o angolano.
Mesmo assim, Joaquim Cunha referiu ao DE que um dos maiores entraves ao alargamento dos investimentos em Moçambique reside no facto de os empresários não poderem contar com um regime de reciprocidade semelhante ao que vigora entre Portugal e o Brasil. “Um acordo de reciprocidade deste tipo devia ser concluído com todos os países de expressão oficial portuguesa”, disse.


 
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