01-06-2012
II Congresso do Empreendedor Lusófono
PME promove Negócios Lusófonos
Vitória, Espírito Santo, Brasil
1 de Junho de 2012
II Congresso do Empreendedor Lusófono
Vitória, Espírito Santo, Brasil
1 de Junho de 2012
O espaço lusófono, da cultura e da língua portuguesa, representa hoje uma realidade também económica e com um peso crescente no processo global.
Com efeito, aos habitantes dos países regiões de expressão oficial portuguesa, há que somar as comunidades de luso-descendentes pelo mundo, que é há muito sabido, se espalham pelos cinco continentes, aqueles que há 500 anos os portugueses descobriram, deram… e muito importante ligaram ao mundo!
Não é nostalgia é prospetiva!
Recordar que foram os portugueses que ligaram a Europa à Ásia via África, na primeira linha regular económica mundial.
Iniciando a chamada globalização no século XVI, com as ligações contínuas entre Lisboa e Goa.
E daqui, para o restante Oriente passando pela Tailândia, China, Malásia, Japão e Molucas, hoje Timor.
Mas o movimento não se resumiu à ligação Europa-África-Ásia!
Em 1500 todos sabemos que não por mero acaso, Cabral “descobriu” oficialmente o Brasil, o continente que ia bem para além de Tordesillas…
E foi, bem para além da Costa e tomou o Continente.
A Vera Cruz transformou-se em Brasil para além do litoral - onde não por acaso, foram plantados milhares de coqueiros, vindos da Ásia…trazidos pelas naus lusas, como água ou soro em cocos, lastro dos barcos.
Esses mesmos barcos que trouxeram o granito de Portugal com que foram todas as cidades costeiras construídas, desde as suas igrejas aos fortes litorâneos.
(Dizem os intelectuais habituais que Portugal levou o ouro do Brasil, mas felzimente deixou cidades, fortalezas, igrejas, e um património que desde 1822 não cessa de se multiplicar)
No Brasil, onde os Portugueses foram e são grandes, no orgulho do património legado e da verdadeira irmandade que nos liga.
Foi o Brasil, o único caso da história mundial em que uma Corte se mudou da Metrópole para a Colónia - com a deslocação da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro.
Essa jogada de mestre de D. João VI – de quem diria mais tarde Napoleão: “o único que me enganou” – evitou não apenas que Napoleão ganhasse a guerra…mas que o então Reino Unido de Portugal e Brasil, mantivesse a sua independência e alargasse o seu território!
Pois D. João VI no Brasil não apenas o manteve, mas conquistou o Maranhão a Napoleão…
O ainda hoje menosprezado D. João VI, deixou as sementes do país, assumidas por D. Pedro, mas que são únicas: fundou desde um Banco Central a Universidades
E, não menos importante, fundou em 1809 a Associação Comercial do Rio de Janeiro, hoje presidida pelo prezado colega Antenor Leal, aqui presente.
Associação que foi embrião do Brasil Económico, onde muita coisa se passou como a criação do Sebrae e tantas outras que ele poderá contar...
E é esse Brasil Económico, que não apenas é passado mas é presente e futuro.
O Brasil é por natureza o líder, o “carro-chefe” da Comunidade Económica Lusófona que importa criar.
A língua portuguesa é hoje uma das línguas mais faladas no mundo, nos 5 continentes
E está nos mercados emergentes, sejam da América Latina, África ou Ásia
Onde é língua oficial de Timor e da de Macau/China. Na China é a terceira língua mais estudada, e não será por acaso!...
É porque os chineses, mais do que os lusófonos há muito perceberam a importância estratégica dos mercados de língua portuguesa.
A PME-Portugal há muito que empreendeu este caminho.
Em 2005 a Direção Nacional sob a presidência de Joaquim Rocha da Cunha foi convidada a visitar o Brasil pelo Governador de Pernambuco, efetuando acordos comerciais e inaugurando a representação no Brasil, com a abertura de um escritório de representação.
Desde aí centenas de portugueses investiram nesse Estado e no Nordeste do Brasil, muito antes do grande crescimento verificado nos últimos anos nesta grande potência.
Á representação no Brasil seguiram-se Espanha, Bruxelas (capital política da Europa), onde se abriram escritórios para apoio ao negócio.
Este processo contínuo evoluiu em 2007 para um acordo com o Governo de Angola, em 2008 para visita da nossa Secretária-Geral à China, por convite do Governo da República Popular da China.
E em 2009, o Governo Chinês promoveu um acordo entre nós e as nossas congéneres de Macau e China, assinado formalmente em Lisboa no início desse ano.
Nesse 2009, concretizamos na China a cooperação com Macau e China e, interviemos no V Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa, realizado em Fortaleza a 28 e 29 de Setembro.
Neste encontro da lusofonia em Fortaleza propusemos a criação duma Comunidade Económica Lusófona, que vá bem para além dos espartilhos regionais.
E que crie condições concretas de reciprocidade. Como aquelas que bem Portugal e Brasil consagraram pelo tratado de Porto Seguro em 2000, e que se encontra plasmada nas respetivas cartas constitucionais.
A PME-Portugal não espera pelos desenvolvimentos políticos. propusemos, propomos e voltaremos a propor uma Comunidade Económica Lusófona.
Uma CEL, em que o E de Economico pode ser substituído pelo E de de Empresarial. É o que fazemos.
Assim até final de 2013 estaremos presentes em todos os espaços de língua portuguesa com representantes que promovam os negócios e o networking empresarial.
Temos um projeto muito concreto de como o fazer envolvendo todos os atores associativos, as empresas, empreendedores e empresários, e se assim o quiserem, os Governos.
É um plano ambicioso que de todos exige. Mas que a todos vai proporcionar um oceano azul, protegido dos tubarões da globalização selvagem… um novo ambiente de negócios, uma forma lusófona de fazer negócios, em português.
Mas o como o nosso plano de negócios é chamado FAZER COISAS acontecerem, iremos até ao final de 2012 abrir escritórios nos demais Estados Brasileiros mais relevantes, cujo processo de escolha de parceiros e negociação agora decorre, e em que ainda todos são benvindos se o fazer. Podem aliás fazê-lo com um simples e-mail para [email protected], ou fazendo um GOSTO na nossa página no facebook,
PME Global que é “amiga” deste Evento!
Abriremos ainda, caso as condições o permitam até final de 2013 Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor, e procuraremos reforçar ou novas parcerias em Angola, Cabo Verde e noutros países ou regiões onde a língua portuguesa seja um ativo.
A iniciativa da PME não visa protagonismo, mas ações e negócios concretos. Nos quais todos que quiserem ter um papel ativo e aportar meios são benvindos.
Razões pelas quais temos neste momento um processo no terreno, de pesquisa de parceiros, instalações e soluções que permitam levar mais investimentos europeus para o Brasil e vice-versa.
O Dr. Manuel Ferreira, histórico dirigente das PME, que muito bem neste Congresso nos representa, sabe bem de que o nosso plano ambiciona abrir até Setembro de 2012 mais 3 representações e até ao carnaval de 2013 estar pelo menos em 6 Estados brasileiros.
Vamos todos, criar uma rede global de negócios, de empreendedores com fibra de empresários , que atue à escala global interagindo com as nossas redes de negócios europeias, asiáticas e africanas.
Certos que estamos de que só um novo e vigoroso Brasil, como Potência Mundial pode ser o motor e o contrapeso a um século que vai ser da Ásia.
Nos na PME não nos limitamos a observar, queremos participar neste novo desafio o de tornar uma grande oportunidade de negócio as nossas especiais ligações à China, para concretizar negócios e investimentos diretos entre países lusófonos.
Convidamos todos a participarem, aderirem e investirem neste projeto que tem que ser de todos e para todos, ficando como sempre na PME, com o papel de mobilizadores dum negócio que a todos interessa.
Bom congresso e bons negócios.
Joaquim Rocha da Cunha
Presidente do Conselho PME
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