81% DE EMPREENDEDORAS AVANÇAM PARA INVESTIMENTOS
“O empreendedorismo é a única solução para a retoma do crescimento em Portugal, e a única via para o desenvolvimento económico em todo o mundo”. As palavras são de Joaquim Rocha da Cunha, Presidente do Conselho Nacional de PME da Associação PME-Portugal no anúncio dos prémios de empreendedorismo do Instituto Ideia-Atlântico que ontem foram anunciados.
No seu programa de Empreendedorismo, o IDEIA ATLÂNTICO formou 16 novas empreendedoras, das quais 13, ou seja 81%, decidiram investir e criar o seu próprio negócio. Para a PME-Portugal, que apoia ou promove estes programas desde há mais de uma década “há muito que na União Europeia apenas as micro e pequenas empresas criam emprego líquido. Muito desse emprego é auto-emprego de pessoas que foram despedidas de multinacionais” constata Joaquim Rocha da Cunha, que foi durante 9 anos Vice-Presidente da Confederação Europeia de PME e Perito da Comissão Europeia em Empreendedorismo.
Realçou o mesmo dirigente que “é lamentável que em Portugal tenha existido uma política de privilegiar o investimento das multinacionais e grandes empresas que suportavam a sua atividade em subsídios e apoios públicos – casos como Qimonda, Aerosoles e tantos outros”. “Importa realçar que estas empreendedoras, estavam em situações precárias, algumas no desemprego, e decidiram inverter a situação e apostar no futuro, investindo” sublinhou a PME-Portugal. Mais para os seus dirigentes “ter uma formação onde 81% das envolvidas decidem investir é um facto notório que deveria merecer a atenção dos dirigentes e decisores públicos”.
A listagem das abrangidas pelo programa, aprovadas e com decisões de investimento foi a seguinte:
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Ana Cristina Jorge Marreiros da Silva
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Ana Marreiros, Unipessoal Lda
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Ana Margarida Batista Ferreira &
Joana Tavares de Azevedo Feliz
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N2Y - Apoio Domíciliário, Lda
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Paula Cristina Teixeira Carneiro
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Paulovska, Artigos de Esferovite Unipessoal Lda |
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Elisa Paolinetti da Camara
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Empresa de Pintura e Isolamento de Edificações
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Fernanda Maria Carvalho Castanheira
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Turismo Rural - Casa de Campo/Agricultura Biológica em Pomar
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Isabel Ançã Mendes
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EH-28-40 (Serviços Musicais Personalizados)
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Joana Filipa Mendes Napoleão
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Casa de Santo (Restauração/Turismo)
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Luciana Ribeiro Macedo Branco
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INSOLENS SYSTEMS - Unipessoal, Lda
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Marta Alexandra da Silva Baptista
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Sweet & Spicy
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Miriam Lobel Lucki
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LE HAIM - Cultura e Gastronomia Judaica
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Abrangendo setores de novas tecnologias, apoio social, turismo, e com forte componente cultural e variedade étnica: no projeto estão envolvidas duas empreendedoras de nacionalidade Brasileira, um projeto de cultura judaica, mostrando assim a diversidade de apostas que se fizeram neste projeto. Também mostrou a capacidade de associação e de cooperação entre empreendedoras, pois várias se associaram para darem força a um projeto.
Os apoios às empreendedoras foram entregues pelo Administrador do IDEIA ATLÂNTICO, Mota Campos, que realçou o esforço feito pois o projeto não envolve qualquer lucro para a entidade, mas estimula novas empreendedoras”, frisou, concluindo que “Em apenas 4 anos o IDEIA ATLÂNTICO tornou-se líder em empreendedorismo em Portugal, tendo já albergado e apoiado a incubação de mais de 200 start-up´s e PME, caso único no país”.
No anúncio público destes apoios, a PME-Portugal instou o Governo a “redirecionar e abrir efetivamente o QREN para apoio aos empreendedores e PME, de forma efetiva e sem intermediários”, sublinharam os dirigentes. “Fala-se muito em falta de dinheiro, mas como será possível que o QREN esteja fechado, ou que existam projetos que intermedeiam os apoios às PME e aos empreendedores, sem que estes tenham efetivamente qualquer apoio?”
Já demos conta desta situação a dirigentes do PSD, do CDS-PP, do PCP, e contamos dar conta a todos os atores políticos envolvidos designadamente aos demais partidos políticos” sublinha a PME-Portugal “porque o dinheiro não se pode perder em projetos sem qualquer eficácia, viabilidade e sem resultados para mostrar, sobretudo quando há projetos com valor e empreendedores com vontade em fazer apostas, investir e crescer. Compete aos novos gestores dos programas comunitários apostar neste novo rumo.”
