No seminário que decorreu hoje, Joaquim Rocha da Cunha, presidente da Associação PME-Portugal, considerou o QREN como “uma oportunidade e um desafio para os empresários”. E, neste âmbito, lembrou a necessidade das pequenas e médias empresas (PME) “actuarem em conjunto, efectuando candidaturas em consórcio para os mercados externos e ao nível da inovação, eficiência energética, qualidade, entre outras áreas cruciais para o desenvolvimento das empresas”. É neste sentido que a Associação PME-Portugal “encontra-se disponível para com as empresas, Banca e consultores” promover os referidos consórcios para “investimento, usando as plataformas internacionais de que a PME-Portugal dispõe”.

 

Por seu turno, Armindo Costa, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, referiu que “com a abertura do QREN, os pequenos e médios empresários têm uma oportunidade adicional de apoio ao seu plano de investimentos para os próximos anos, existindo vários instrumentos financeiros que devem ser analisados e aproveitados”.

 

As PME são, actualmente, “um factor determinante da produtividade, do emprego e da criação da riqueza da região e do país”, sublinhou o edil que, parafraseando o Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu que “as PME merecem uma atenção especial das políticas públicas”, lembrando que “a reestruturação do tecido empresarial não pode ser feita sem as PME”.

 

Segundo Armindo Costa, “hoje, é essencial que as pequenas e médias empresas tenham a oportunidade de modernizar-se e crescer num ambiente concorrencial justo e equilibrado”. Pelo que “as PME necessitam de ter ao seu dispor recursos financeiros adequados ao reforço das estratégias competitivas”. E “o QREN é uma oportunidade ímpar que prevê o apoio ao investimento das PME”.

 

A apresentação e explicação do QREN aos empresários presentes nesta sessão esteve a cargo de Lurdes Mota Campos, gestora de projectos da Associação PME-Portugal. Entre diversas informações importantes e cruciais para os empresários que querem apresentar as suas candidaturas aos sistemas de incentivos previstos no QREN, Lurdes Mota Campos alertou para o facto de os empresários terem de “considerar, e muito, a estratégia por onde é que querem ir. Vão ter de considerar a inovação e a internacionalização”.

 

No entanto, os empresários podem entender que esta não é exactamente a estratégia que querem seguir. Aqui Lurdes Mota Campos referiu que “a internacionalização é de facto importante e, neste caso, os empresários poderão introduzir um novo conceito na sua estratégia – as parcerias. Uma estratégia prevista neste QREN e, consequentemente, também uma prioridade. Isto é, uma, duas, três empresas que já trabalhem em conjunto poderão apresentar uma candidatura conjunta”.

 

Lurdes Mota Campos acrescentou ainda que “contrariamente ao que acontecia no passado em que se promovia o trabalho em rede e não se percebia muito bem o que é que as empresas poderiam ganhar com isso, no actual QREN esses ganhos parecem ser bastante mais claros”.

 

Um outro conselho transmitido por Lurdes Mota Campos prende-se com os pontos a equacionar antes de apresentar uma candidatura, tais como preparar os documentos oficiais da empresa; ler a informação geral de enquadramento; analisar e discutir a estratégia da empresa e, sobretudo, que passos e investimentos são necessários; estar atento aos avisos de abertura de candidatura; e analisar o aviso de concurso mais conveniente.