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11-01-2008
ASSOCIAÇÃO PME-PORTUGAL E CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM ESCLARECEM EMPRESÁRIOS SOBRE O QREN
A Associação PME-Portugal, em organização conjunta com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, promoveu ontem, na Biblioteca Municipal daquela cidade, uma sessão técnica de esclarecimento dos sistemas de incentivos enquadrados no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional. Esta iniciativa enquadra-se numa série de workshops que a PME-Portugal tem vindo a promover, desde Novembro do ano passado, junto dos pequenos e médios empresários, alguns dos quais em parceria com Câmaras Municipais.
Na sessão técnica que decorreu ontem, Luís Diamantino, vereador da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, sublinhou o facto do tecido empresarial do concelho ser predominantemente de micro empresas. Razão mais do que suficiente para que os empresários estejam atentos aos apoios ao investimento, à informação e formação que está a ser realizada neste âmbito. “Fica aqui o desafio de aproveitarmos o QREN”, referiu Luís Diamantino, acrescentando que os empresários devem estar motivados para que “o nosso investimento e o nosso dinamismo não seja frustrado”. Segundo o vereador, a sessão técnica que estava a decorrer destinava-se a isso mesmo: “motivar as empresas a se candidatarem ao QREN e não perderem esta oportunidade porque é uma forma de desenvolvermos o nosso tecido empresarial”.
Por seu turno, Luís Rocha, da Associação Empresarial e Industrial da Póvoa de Varzim, chamou a atenção para o facto de ainda não existir “uma grande corrida por parte dos empresários aos apoios nesta primeira fase de candidaturas”. Cenário que atribui, provavelmente, “ao desconhecimento total que os empresários têm relativamente ao QREN”, acrescentando que “mesmo nós associações e técnicos que tratam do preenchimento das candidaturas ainda andam um pouco atrás dos organismos, nomeadamente do IAPMEI, a colocarem questões”.
Uma situação corroborada por Lurdes Mota Campos, gestora de projectos da Associação PME-Portugal, referindo que, “contrariamente aos anteriores Quadros Comunitários, não há uma grande afluência em termos de apresentação de candidaturas”. No entanto, verifica-se uma “forte afluência em termos de pedidos de informação e de esclarecimentos”.
Tal como em sessões anteriores, a apresentação e explicação do QREN aos empresários presentes nesta sessão esteve a cargo de Lurdes Mota Campos que, entre diversas informações importantes e cruciais para os empresários que querem apresentar as suas candidaturas aos sistemas de incentivos previstos no QREN, alertou para o facto de os empresários terem de “considerar, e muito, a estratégia por onde é que querem ir. Vão ter de considerar a inovação e a internacionalização”.
Organizado por Programas Operacionais, no QREN, aqueles que mais interessarão às empresas serão “o PO Factores de Competitividade que, obviamente, é o que interessa aos empresários, e o Potencial Humano que interessará mais às empresas e entidades que desenvolvem actividade na área da formação”.
Lurdes Mota Campos alertou ainda os empresários a “estarem efectivamente atentos aos avisos de abertura. O que não é difícil já que são publicitados no site do QREN”. Até porque “não é suficiente lerem o enquadramento geral do QREN e pensarem que vão fazer uma candidatura para um determinado lado, quando o aviso de abertura disponível não os deixa seguir essa estratégia. No fundo, trata-se de analisar qual o aviso de abertura que lhes é mais conveniente”. Outro conselho dado pela gestora de projectos da PME-Portugal prende-se com as prioridades que estão em cada sistema de incentivo. Já que estas “são aquelas que também devem ser as prioridades das empresas neste momento. Se assim não acontecer, as empresas terão dificuldades em enquadrar os seus investimentos”.
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