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PME NA HORA Notícias


03-07-2008 COMUNICADO: QUATRO MEDIDAS A TOMAR FACE À SUBIDA DAS TAXAS DE JURO

Tivemos hoje uma notícia, infelizmente, esperada, a de mais uma subida das taxas de juro na zona euro. Esperada, porque o Banco Central Europeu, tem permitido que os especuladores antecipem as suas decisões. Infeliz, porque este crescimento, mais um de muitos que acontecem desde há meses, vai prejudicar gravemente as economias europeias, e em especial uma economia em débil recuperação como a portuguesa.

 

Serão em Portugal seriamente afectados investimentos em curso, colocados em causa novos investimentos das pequenas e médias empresas, e descerá a capacidade das famílias para pouparem ou consumirem. Em suma, mais uma pedrada na economia.
 
O Banco Central Europeu é um órgão independente, mas não pode ser autista. Não pode ignorar que cada decisão ditatorial ditada pela sua cruzada anti-inflacionista, esquece e ignora a economia da zona euro, que devia estimular - ao contrário do FED (bancos central dos EUA), que perante a crise desceu as taxas de juro drasticamente. Nem a Europa nem Portugal, se podem permitir ter uma ditadura financeira, lesiva da economia e do bem estar.
 
Assim, a Associação das PME de PORTUGAL, enquanto Vice-Presidente da ESBA (confederação europeia de PMEs) irá convocar uma reunião de urgência, e insta o Governo Português a tomar as seguintes medidas que estão ao seu alcance e dever:
 
- Mandatar os Ministros das Finanças e da Economia a convocarem reuniões de emergência do ECOFIN e do Conselho de Competitividade, emitindo sérias recomendações de baixa da taxa de juro face á postura anti-económica do BCE. Os mesmo Ministros devem em sede Europeia, redefinir as orientações de investimento do Banco Europeu de Investimento, para que centre na
 
- Colocar imediatamente disponível a prometida linha de crédito de 600 milhões de euros para as PMEs a taxas de juro reduzidas ou nulas, conforme anunciado no Parlamento pelo Primeiro-Ministro há cerca de um  mês.
 
- Alargar a todas as actividades económicas, como fez com os transportadores e outras actividades, o procedimento para que o pagamento do IVA ao Estado seja efectuado apenas quando as empresas recebem o imposto (no acto do recibo) e não quando vendem ou prestam serviços (acto da factura), pois dados os prazos de pagamento, as empresas estão altamente descapitalizadas, pagando o imposto antes de o receberem.
 
- Acelerar de uma forma séria os pagamentos elevadíssimos em atraso nos investimentos efectuados no 3º Quadro Comunitário de Apoio, e fiscalizando duma forma séria e sistemática os atrasos provocados pelas próprias estruturas dos gestores dos programas ou entidades intermediárias, colocando essa fiscalização sob égide da assembleia da republica.
 
São quatro medidas simples, elementares e exequíveis, haja vontade política para isso. Mas se queremos crescer mais de 1%, e queremos pequenas e médias empresas investidores são medidas que não podem esperar um mês.
 
Joaquim Cunha
O Presidente da PME-Portugal
 
Obs.: Nota de Imprensa da PME Portugal enviada à Comunicação Social
 
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