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PME NA HORA Notícias


22-12-2008 “SALÁRIOS PODEM TER OS AUMENTOS MAIS BAIXOS DAS ÚLTIMAS DÉCADAS"

Em declarações à imprensa, Joaquim Cunha, presidente da Associação PME Portugal, refere que face ao cenário económico nas PME portuguesas, dificilmente as mesmas poderão proceder a aumentos salariais, uma vez que a prioridade é mesmo manterem-se em funcionamento.

 

“A forte deterioração da conjuntura económica e a esperada redução da taxa de inflação estão a levar as empresas portuguesas de variados sectores a apontar em 2009 para os aumentos salariais nominais mais baixos das últimas décadas.
Os responsáveis das associações empresariais contactados pelo «Público» revelam a existência de muito pouca receptividade em alguns sectores para que as empresas realizem actualizações salariais que ultrapassem a taxa de inflação prevista, que, de acordo com as últimas revisões efectuadas pelos analistas, se deverá situar próximo de um por cento.

Os únicos factores a contribuírem pela positiva são o aumento de 2,9 por cento para os funcionários públicos e a subida do salário mínimo nacional de 5,6 por cento, decididos pelo Governo antes do mais recente agravamento da crise.
A confirmar-se este cenário, se mesmo assim ainda é possível que os salários reais apresentem uma evolução positiva, a variação nominal dos salários arrisca-se a ser a mais baixa das últimas três décadas, período em que nunca ficou abaixo de dois por cento, de acordo com os números da Comissão Europeia.
 
É que nas empresas, na sequência dos últimos indicadores económicos, a possibilidade de não haver aumentos salariais é mesmo considerada por alguns responsáveis associativos como a mais provável. «A escolha a fazer não será entre aumentar ou não os salários, mas sim entre manter ou não postos de trabalho», disse ao jornal Joaquim Cunha, presidente da Associação PME Portugal, referindo-se à situação vivida pelas empresas de pequena e média dimensão, responsáveis por 2,1 milhões de postos de trabalho em Portugal (75,2 por cento do emprego privado). «Face ao actual contexto económico, a maior parte das PME vai tentar apenas manter-se em funcionamento e, num cenário assim, é muito difícil falar de aumento do que quer que seja», explica Joaquim Cunha.”
 
 
 Diário IOL em 22-12-08

 

 
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