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PME NA HORA Notícias


23-04-2009 A REGIÃO NORTE PODERIA AFIRMAR-SE MUITO MAIS

Joaquim Rocha da Cunha, economista e presidente da Associação PME-Portugal, foi, no passado dia 29 de Março, o convidado especial do programa Campus Verbal, espaço semanal de entrevista não universitária da Rádio Universidade do Minho. Em cima da mesa estiveram diversas questões, desde o caso Qimonda, passando pela regionalização e as políticas económicas até à situação do tecido empresarial da Região Norte. Joaquim Rocha da Cunha protagonizou mais uma vez a defesa das PME, reafirmando a necessidade de reinventar Portugal no que concerne às políticas económicas.

 

Questionado sobre a regionalização, o presidente da PME-Portugal sugeriu antes de mais uma reflexão sobre dois eixos pilares. Reflectir sobre, se é possível continuar a ser Lisboa o ponto decisor de tudo, e reflectir se é lógico que se passe imediatamente para uma regionalização política sem que haja um passo intermédio. Neste sentido, Rocha da Cunha assevera que “é sobretudo necessário passar mais competências e poder de decisão para as Comissões de Coordenação Regionais”.


No caso da região Norte, o presidente da PME-Portugal foi peremptório em afirmar que “as competências estão lá, o dinheiro está lá, e portanto a região Norte poderia afirmar-se muito mais, falta é poder de decisão, referindo neste sentido o Programa Operacional do Norte como sendo o que a nível nacional tem mais dinheiro para o apoio ao tecido empresarial. A enorme concentração de PME e o facto de 44 por cento das exportações portuguesas serem provenientes desta região, bem como a menor dependência do estado, foram alguns dos argumentos apresentados pelo economista.


“Temos problemas, mas também temos soluções”, refere Joaquim Rocha da Cunha, declarando que a PME-Portugal é uma entidade que sempre procura propor soluções, referindo-se ao caso Qimonda. A PME-Portugal propôs, numa carta enviada há cerca de um mês e meio ao Primeiro-Ministro José Sócrates, uma solução para a empresa de Vila do Conde: transformá-la num centro de negócios e incubação tecnológica e formação, “vamos despejar dinheiro numa solução, não num problema”, concluiu Joaquim Rocha da Cunha. Um exemplo de sucesso de um centro de negócios e incubação tecnológica e formação é o Instituto IDEIA ATLÂNTICO, situado em Braga, e co-fundado pela PME-Portugal.


No âmbito das políticas económicas, o presidente da PME-Portugal esclareceu a posição da associação face aos partidos. “Não estamos ligados a nenhum partido, já temos estas posições há muito tempo, no fundo o PSD é que aderiu às posições que a PME vinha, ao longo dos anos, lançando”. Joaquim Rocha da Cunha lembrou que “a PME-Portugal está apenas contra as más políticas e propõe outras no sentido de melhorar, seja com este ou com outro Governo”, asseverando que são frequentes os encontros entre a associação e todos os partidos, no sentido de procurarem políticas viáveis para as PME.

 

 

 
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