Home
 
Portuguese English Spanish French Chinese (Simplified)
PME NA HORA Notícias


13-07-2009 ASSOCIAÇÃO PME TEM PROPOSTAS PARA O NOVO MINISTRO DA ECONOMIA

A Associação PME – Portugal saúda a tomada de posse do novo Ministro da Economia, esperando que seja o virar de uma página no Ministério. Mas não há tempo para hesitação. Se é realmente para a mudar, é necessário mudar já. Estão dezenas de milhar de empresas à beira da falência, asfixiadas pela falta de crédito. E a continuar assim, muitas não abrirão portas em Setembro e teremos mais de meio milhão de desempregados.

 

 
Mais grave ainda é a perca de riqueza efectiva, de empresários, gestores e de quadros altamente qualificados, que desta forma se vêm forçados a emigrar. O cenário de 10 por cento de desempregados aproxima-se a passos largos, caso não haja uma mudança efectiva.
 
O Ministério da Economia tem sido nos últimos anos tudo menos o Ministério das PME. Tem sido o Ministério dos apoios dados à Qimonda, Aerosoles, Pirites/Martifer, entre outras. Tem sido o Ministério dos grandes Projectos PIN, que não saem da gaveta ou que apenas dão facilidades aos investidores estrangeiros, e da misteriosa falta de investimentos com os fundos comunitários.
 
O Ministério da Economia demissionário nestes últimos anos não cumpriu qualquer promessa para apoio à exportação, como por exemplo os parques empresariais portugueses no Brasil e em Angola, que foram anunciados há mais de três anos pelo Primeiro-Ministro. Tudo projectos que não saem do papel.
 
Mas o Ministro da economia cessante não errou sozinho, e esta é uma leitura que também importa fazer. Um programa efectivo para as pequenas empresas não é só e apenas feito pelo Ministro da Economia.
 
Importa rever e analisar com que equipa o futuro Ministro da Economia pretende concretizar a ambição de dar uma resposta às pequenas empresas. A experiência do Ministro das Finanças, agora também Ministro da Economia, deve ser capaz de compreender que a criação de riqueza não é privilégio do clube dos 100 poderosos e das suas associações.
 
O clube dos 100 não é aquele que cria ou sustenta o emprego em Portugal. São de facto as PME, desde 2002, as únicas a criar emprego a nível nacional, representando 75 % dos postos de trabalho, ou seja três em cada quatro empregos são criados pelas PME.
 
 
O Primeiro-Ministro pretende realmente fazer um «pacto com as PME»? Então o novo Ministro da Economia tem que mudar o que o seu antecessor não entendeu:
 
·         Um pacto faz-se com os representantes das PME, e não como até aqui com os representantes das grandes empresas
 
·         Um pacto faz-se com medidas concretas e imediatas, e não com promessas de médio e longo prazo. As medidas têm que iniciar-se hoje, e não porque apenas vivemos uma agenda eleitoral
 
·         Um pacto faz-se com medidas urgentes que evitem o fecho eminente de dezenas de milhar de empresas, porque não conseguem pagar impostos e subsídios, porque os bancos não concedem crédito.
 
A PME – Portugal está ciente da importância de um pacto para a internacionalização, querendo desta forma não ver defraudadas as suas expectativas, mas sim concretizar o contributo que este pacto representa para as PME.
 
A Associação PME – Portugal sempre pautou a sua actuação por apresentar medidas concretas em prol das PME. Como exemplo destas acções referimos o projecto «Portugal exportar mais», cujo objectivo é o de internacionalizar PME portuguesas para Angola. A par deste projecto a Associação incentivou e apoiou inúmeras PME na participação em feiras internacionais igualmente com vista à promoção das PME no mercado Ibérico.
 
Se o Ministro Teixeira dos Santos quer mudar, sugerimos que comece por ouvir quem de facto conhece, sabe, ouve e representa as PME. A Associação PME – Portugal manifesta publicamente o seu desejo em ser ouvida pelo Ministério, para que em conjunto possam discutir o que de melhor se pode fazer pelas PME portuguesas.
 
 
anterior