Os apoios do Estado criados em 2009 para a contratação de públicos mais frágeis não foi suficiente para incentivar os empresários a criar emprego e já obrigou o Executivo a reforçar apoios. A ministra do Trabalho diz que para a baixa execução contribuíram também as empresas. Estas respondem: a garantia exigida às empresas, que passa pela obrigatoriedade de manter o posto de trabalho, não compensa.

Apesar de o Governo ter reduzido ou isentado as empresas das contribuições para a Segurança Social, apenas 31% das empresas aderiu a estas medidas relativamente ao número inicialmente previsto. De acordo com a avaliação das medidas excepcionais de apoio ao emprego, discutidas ontem com os parceiros sociais, os valores ainda são menos visíveis olhando apenas para a contratação de desempregados de longa duração ou de maiores de 55 anos (11% de execução).

No caso das pequenas empresas, diz José Alves da Silva, da PME Portugal, o receio ainda é mais visível. É que aqui a rotatividade do emprego é muito menor e é mais arriscado contratar públicos mais afastados do mercado de trabalho e que poderão não ter as competências certas.

Fonte : Diário Económico