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PME NA HORA Notícias

17-09-2009 Estou à beira da insolvência, e agora?

Muitas pequenas e médias empresas (PME) atravessam dificuldades numa época de crise económica e financeira e algumas vêem-se confrontados com situações-limite. Deixar de pagar impostos ou pagar as contribuições para a Segurança Social são, quase sempre, os primeiros passos. Sair de uma espiral de dívidas não é um processo fácil, sobretudo para quem já não tem garantias para dar.

Apesar destas vantagens, este processo (o judicial) tem encontrado alguma resistência em Portugal. "Não era muito usado porque acaba-se o crédito", explica Joaquim Cunha, presidente da PME Portugal. "Foi associada a uma espécie de eutanásia que levava à morte posterior da empresa." Isto apesar de ser um instrumento muito utilizado em países como os Estados Unidos para salvar a empresa e protegê-la dos credores, o conhecido "Chapter 11". 

Com o passar do tempo, "as mentalidades têm mudado", diz Joaquim Cunha, e mais empresas acabam por recorrer ao processo - estão a perder a vergonha de assumir os problemas, até porque os gestores têm muitas responsabilidades e sabem que ir aguentando a empresa além do que é aconselhável pode ter consequências - mas ainda hoje é "mal visto pela banca e pelas entidades oficiais", garante Joaquim Cunha. Dá o exemplo de uma empresa que recentemente recorreu ao processo de insolvência e ouviu do banco: "não devia ter feito isso, devia ter vindo falar connosco". 

 

 

Joaquim Rocha Cunha - Presidente da PME Portugal (2009)"A insolvência já foi associada a uma espécie de eutanásia que levava à morte posterior da empresa."

 

 

 

 

 

 

 

Jornal de Negócios

 

17 Setembro 2009 | 12:55


 
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