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PME NA HORA Conhecimento Internacionalização Crescimento das novas Potências Económicas
 
Crescimento das novas Potências Económicas reboca Exportadores Portugueses.
 
 
O calçado, o têxtil, apesar da crise económica europeia e da recessão em Portugal, há empresas que estão a vencer a crise pela única via possível: a exportação.
 
Nos mais variados sectores dos tradicionais aos tecnológicos, a aposta das empresas na exportação está render frutos, crescimento e lucro.
 
 
O alimentar, as máquinas e equipamentos, a construção, entre outros, estão a crescer internacionalmente, graças a apostas em novos mercados. Ou seja, estando as economias ocidentais em crise e em recessão, a exportação para países de fora da União Europeia tem sido a solução. Assim para além do boom de Angola, merecem elevado destaque os brutais crescimentos doutros mercados do norte de África como Argélia e Marrocos. Ora os países desta região, ricos em matérias primas, e estabilizados após as revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, são mercados próximos e com potencial de crescimento.
 
Mas são mercados de grande dimensão como Brasil e China que são na nossa opinião a novidade, pois para além das exportações terem crescido muito, têm pela sua dimensão grandes oportunidades. A complexidade de enquadramento legal, processual e lingua/escrita mantém em baixa o seu factor de atractividade para os empresários Portugueses (vg questionário da PME no inicio do ano). São aliás, estes mesmos factores que conduzem a uma natural atracção pela economia Brasileira: a lingua, tradições, estrutura empresarial e ordenamento juridico é facilmente percebido pelos empresarios portugueses face à similitude que apresentam com Portugal.
 
 
O Brasil com 200 milhões de consumidores têm a classe média que mais rendimento tem das potências emergentes e Portugal tem apresentado crescimento das exportações para o Brasil de quase 50% em 2011. Não surpreenderá se nos 10 maiores exportadores encontrarmos 4 de sectores tão tradicionais como bacalhau e Azeite, mas também de cimentos e tecnologia.
 
De fato, o crescimento do Brasil foi de 7,5% em 2010, e este ano situa-se nos 4%, e todo o tipo de produtos tem procura, pois o país não consegue responder ao boom económico apenas com a oferta interna. Assim tendo em conta que o Governo Brasileiro estima que o investimento será este ano de 7%, uma boa parte dele será efectuado recorrendo a importações (de equipamentos). Investimento elevado, é como se sabe, um fator crucial para o crescimento económico continuado.
 
Importará salientar que estão a iniciar-se grandes investimentos infra-estruturais no Brasil, tanto na área do urbanismo, com programas de construção de habitação social, com programas de reconversão de áreas urbanas, tanto como da construção dos equipamentos e acessos nas 12 cidades que receberão o campeonato Mundial de Futebol – Copa Fifa de 2014, bem como a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro.
 
A estes investimentos deve somar-se o investimento público e privado em acessibilidades (auto-estradas, ferrovias, circulares urbanas, aeroportos, portos), bem como de edifícios públicos entre os quais se conta a expansão da rede de ensino e de saúde pública, por exemplo com a construção em curso de centenas de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento, que prestam serviços semelhantes aos das Unidades de Saúde familiar lusas).
 
Este ritmo de investimentos tem também criado melhores salários e a emergência duma nova classe média, que consome já os produtos portugueses, entre os quais, os tradicionais também no Brasil, bacalhau, azeite e vinho. Ora o segmento casa, pelo défice habitacional de 7 milhões de vivendas, e necessidade de mais 1 milhão em cada ano, bem como seu equipamento, criou um fortíssimo mercado, que é também alavanca do crescimento económico.
 
Fatores estes que potenciarão o crescimento das exportações portuguesas, em especial daqueles que rapidamente apostarem neste mercado em desenvolvimento. É preciso aproveitar os melhores momentos e ciclos económicos, sendo que no caso do Brasil, a economia manter-se-á em crescimento pelo menos até 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas do Rio de Janeiro)
 
Lurdes Mota Campos
Advogada, MBA e Gestora de Projetos