O Governo dá um ano de isenção às 51 mil empresas que aderiram ao PME Investe. Para os empresários, a moratória é positiva, mas insuficiente.
Ouvido pela Renascença, Nuno Carvalhinha, presidente da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas, diz que a medida é positiva, mas não chega e avança outras medidas:
“Aplicar efectivamente a redução da Taxa Social Única (TSU), eliminar o Pagamento Especial por Conta (PEC), pois é difícil estar a pagar um imposto [com base em verbas que as empresas] ainda não receberam. E também seria positivo que o Governo criasse uma linha de crédito, em conjunto com os bancos, que permitisse mais facialmente às empresa ter acesso ao dinheiro”.
Já a associação PME Portugal classifica a moratória como positiva. Contudo, o presidente José Alves da Silva considera que “seria melhor que a medida suspendessem todo e qualquer pagamento relativamente ao PME Investe”.
A partir de hoje, as empresas que contraíram empréstimos no âmbito do programa PME Investe podem pedir uma extensão por 12 meses para pagarem o capital em dívida. Assim, durante um ano ficam apenas a pagar os juros. Em troca, o "spread" é aumentado.
As negociações com os bancos foram promovidas pelo Ministério da Economia, para dar alguma folga financeira às empresas
