A medida é transitória e excepcional, mas funciona como "balão de oxigénio" para as empresas com viabilidade económica.
Em declarações à TSF, José Alves Silva, presidente da PME Portugal, sublinhou que esta medida desanuvia a asfixia financeira das cerca de 50 mil pequenas e médias empresas, que pediram empréstimos à Banca ao abrigo do programa PME Investe.
«Neste momento a asfixia, relativamente a investimentos possíveis, é de tal ordem que pode pôr em causa os projectos, na medida em que o pequeno empresário que recorreu ao PME Investe como não tem hipótese de receber crédito por parte da Banca, é evidente que não vai poder pagar os seus juros», e assim sendo «toda a verba envolvida passa a dívida de cobrança imediata», explicou.
Mas para serem abrangidas por esta medida as empresas terão que cumprir algumas condições.
No entanto, o presidente da PME Portugal confirmou à TSF que a maioria das empresas vai ser abrangida, até porque, defendeu, se não existirem incentivos ao crédito, «a economia estagna por completo».
Quanto a dados sobre a situação das empresas já em incumprimento, José Alves Silva disse não ter números mas sublinhou que a actual tendência é de subida.
«As empresas estão a tentar sobreviver. Portanto, quando alguma empresa denota grandes dificuldades de acesso ao crédito e de escoamento de produtos, é evidente que pouco tempo depois está a fechar portas. Esta é a situação que muitas vezes se está a verificar», alertou José Alves Silva.