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PME NA HORA Notícias

11-09-2011 [JORNAL ECONOMICO] Apenas um terço das PME está presente ‘online’

O presidente da PME Portugal, José Alves da Silva, afirma há "alguma desconfiança da parte dos empresários" em relação à presença ‘online'. "Alguns documentos oficiais incluem perguntas sobre a presença das empresas na Internet sem justificação aparente". É o caso das Finanças, o que leva muitos empresários a temerem ser mais tributados ao demonstrarem capacidade financeira para ter, por exemplo, um ‘site'. "Há falta de informação em relação às oportunidades e benefícios da Internet", conclui José Alves da Silva

 

 

 

Empresas
Jornal Económico
Catarina Madeira 
11/09/11 08:20

As PME portuguesas ainda não entraram na Era digital. Um inquérito realizado pela Google mostra que pouco mais de um terço (38%) destas empresas tem presença ‘online'. Entre as que se mantêm à margem da ‘web', 67% nunca considerou sequer essa possibilidade. A maioria alega que não precisa da Internet para promover os seus produtos e acredita que esta ferramenta não contribui para o aumento das vendas.
 
O número de micro, pequenas e médias empresas que têm um ‘site' ou uma página numa rede social não chega a 30 em cada 100. Mais: 26% destas empresas não tem sequer acesso à Internet.
 
A presença na Internet cresce à medida que a dimensão das empresas aumenta. Se apenas 22% das empresas com apenas um funcionário tem um ‘site', esse número sobe para 81% nas empresas com 20 a 49 empregados. Os sectores que mais apostam na criação de ‘sites' são os transportes (88%), seguidos dos bancos, seguros e imobiliárias (83%). Por contraste, agricultura e indústria (10%) e hotelaria e restauração (20%) são os que menos investem nesta área.
 
Para os empresários que chegaram a equacionar a presença na Internet, o maior travão foi o investimento, que consideram ser muito elevado. Além disso, a manutenção "exige muito tempo e esforço", responderam também. Mas estes podem não ser os únicos argumentos. O presidente da PME Portugal, José Alves da Silva, afirma há "alguma desconfiança da parte dos empresários" em relação à presença ‘online'. "Alguns documentos oficiais incluem perguntas sobre a presença das empresas na Internet sem justificação aparente". É o caso das Finanças, o que leva muitos empresários a temerem ser mais tributados ao demonstrarem capacidade financeira para ter, por exemplo, um ‘site'. "Há falta de informação em relação às oportunidades e benefícios da Internet", conclui José Alves da Silva.
 
O desinteresse das empresas portuguesas em relação ao universo da ‘web' contrasta com a atitude dos consumidores. Dados recentes do Consumer Barometer, revelam que a Internet é o local onde os 53% dos consumidores portugueses procuram informação de todo o tipo e, apesar de apenas 23% já terem feito compras ‘online', 84% dos portugueses com acesso à ‘web' pesquisam ‘online' antes de comprar ‘offline'. Porém, o presidente da PME Portugal acredita que o acesso generalizado da população à Internet vai "alavancar" essa presença das empresas. "A maioria das empresas não está localizada em Lisboa ou no Porto, assim como os seus clientes", remata. Aliás, o estudo da Google mostra de 74% das PME portuguesas opera apenas na sua região e não aproveita a Internet para se projectar a nível nacional.
 
Este retrato torna-se mais relevante tendo em conta que 93% do tecido empresarial português é composto por PME. Portugal é, de resto, o país europeu com a maior concentração de PME. De acordo com o estudo da Google, existem 94 por cada mil habitantes quando a média da Europa é de 32.

 

 


 
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