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PME NA HORA Notícias

22-07-2012 [VIDA ECONÓMICA] Linha QREN Investe é insuficiente para alavancar execução do QREN

..."a linha de apoio "é oportuna", mas o seu montante - mil milhões de euros (500 milhões através do Banco Europeu de Investimento e 500 milhões através da banca nacional) - é "muito insuficiente", diz a PME-Portugal

 


20-07-2012

Linha QREN Investe é insuficiente para alavancar execução do QREN 

A nova linha de financiamento para empresas, denominada QREN Investe, apresentada esta semana pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, causa um sabor agridoce no mercado. Associações empresariais aplaudem a novidade, mas asseguram que o dinheiro disponibilizado para o efeito será insuficiente e que a medida peca por tardia. Quanto às taxas aplicadas e ao prazo de amortização, empresas e consultoras são unânimes: olhando para o mercado global, as condições aplicadas não são atrativas, mas, tendo em conta os mercados financeiros tradicionais, sim. 

..., Para José Alves da Silva, presidente da associação PME Portugal, a linha de apoio "é oportuna", mas o seu montante - mil milhões de euros (500 milhões através do Banco Europeu de Investimento e 500 milhões através da banca nacional) - é "muito insuficiente".


No que à taxa de juro a pagar pelas empresas (5%) diz respeito, a mesma fonte assegura que é "demasiado elevada, atendendo até a que a taxa de referência do BCE foi recentemente reduzida para 0,75%", pelo que "pagar juros de 5% representa uma tentativa de aproximação à taxa praticada pela banca portuguesa", declarou José Alves da Silva, presidente da associação PME Portugal, à "Vida Económica".

 

Empresários duvidam que medida faça disparar execução do QREN

Uma das convicções do Governo, ao lançar a QREN Investe, é conseguir aumentar a taxa de execução do quadro de referência até aos 60%. O presidente da AEVC assegura ter "sérias dúvidas que tal valor venha a ser atingido". E explica: "Sabemos que os investimentos produtivos, neste momento conjuntural, comportam riscos enormes, pelo que temo que por si só a disponibilidade financeira não seja suficiente para alavancar tais investimentos".

 

José Alves da Silva partilha da mesma perspetiva. Assumindo peremtoriamente que a nova linha "não é atrativa para as empresas", o presidente da PME Portugal questiona a "taxa muito reduzida de execução do Compete", o que, na sua opinião, "coloca o Governo numa posição muito difícil de compreender pela 'troika' por os empresários portugueses não quererem aderir aos fundos disponíveis para empreendimentos nestas condições", sujeitando-se, assim, à "perda" dos mesmos.

Não aproveitamento dos fundos "é muito grave"

"O não aproveitamento de todos os fundos do QREN seria muito grave", sublinha ainda José Alves da Silva. E mostra-se certo de que "não vai ser fácil a conclusão dos projetos de investimento em curso" e que "vai haver muita gente a ter de repor verbas por não conseguir concluí-los".

 

Duro nas críticas, o dirigente associativo diz mesmo que é receando este cenário que o Governo "lança este reforço" através da linha QREN Investe". Trata-se, diz Alves da Silva, de "salvar a imagem do Governo em termos nacionais e perante as instituições financeiras que observam Portugal atribuindo-lhe 'ratings'".

 

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