Home
 
Portuguese English Spanish French Chinese (Simplified)
PME NA HORA Conhecimento Financiamento
 

 

As mil e uma formas de financiar a sua empresa

Quem já não ouviu falar de crédito bancário; linha de crédito, leasing e factoring; bem comobusiness angels e capital de risco? Alguns destes financiamentos ainda estão pouco fomentados em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países desenvolvidos, e o seu acesso por parte das empresas ainda é muito dificultado.

 

Consciente desta realidade, questionamos empresários e entidades bancárias acerca das ofertas de financiamento existentes em Portugal, bem como comparamos o que de melhor, e de pior, existe em alguns países europeus.

 

Quando resolve iniciar uma actividade ou financiar uma empresa já existente, o empresário tem duas grandes formas de o fazer: capitais próprios e capitais alheios. No caso da opção por capitais próprios, estes não têm qualquer contrapartida fixa de remuneração, isto é, pode ou não ser remunerado em função da rendibilidade gerada pela empresa. Na alternativa de recurso a capitais alheios, estes, logo à partida, têm uma remuneração mínima fixada e, em regra, possuem um esquema de reembolso previamente definido.

 

Enquanto no curto prazo, a própria banca disponibiliza uma panóplia de operações:descontos de letras, desconto de livranças, empréstimos de curto prazo, empréstimos em conta corrente, descoberto bancário, crédito por assinatura, crédito documentário,factoring, entre outros; já no que concerne ao um financiamento a médio e longo prazo a situação é muito mais complicada.

 

 

 

SetaTipos de financiamento

 

Seta

Capital de risco

 

Seta

A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS: Financiamento PME - O que fazer?

 

Seta

TESTEMUNHOS DOS ESPECIALISTAS: Os empresários

 

Seta

A Versão da Banca

 

 

 

TIPOS DE FINANCIAMENTO

 

Crédito Bancário

Uma dívida financeira consiste na obtenção de um empréstimo junto de um credor, normalmente um banco, durante um período de tempo pré-determinado. Quando contrai uma dívida a empresas está, não só obrigada à restituição do capital emprestado, como também ao pagamento de juros, fixados com base numa taxa que é aplicada ao valor do empréstimo. Os empréstimos bancários podem ser de curto prazo (que implica a amortização da dívida até um ano após a contratação do empréstimo) ou de longo prazo (empréstimos por um período superior a um ano). As instituições bancárias tendem a preferir empresas com experiência ou negócio, cujas equipas de gestão mantenham boas relações com a instituição e que apresentem planos de negócio que demonstrem capacidade para cumprir o serviço da dívida.

 

Normalmente, o crédito bancário é uma forma de financiamento adequada no caso da empresa estar moderadamente endividada e com boa capacidade de gerar cash flows. Empresários com negócios nestas condições podem recorrer a empréstimos bancários para financiarem as suas operações e programas de expansão com condições muito vantajosas sem cederem parte do controlo da empresa. Como é natural, os bancos são mais receptivos e emprestarem dinheiro a empresas sólidas e já estabelecidas no mercado, do que a empresas emergentes. Assim, o financiamento bancário pode ser aconselhável nas seguintes condições:

  • Expansão de um negócio lucrativo;
  • Financiamento de uma grande aquisição (equipamentos, instalações, etc.);
  • Quando o cash flow da empresa é forte e seguro

Ao contrário, o recurso ao financiamento bancário não é aconselhável quando a empresa é demasiado jovem ou não lucrativa. Nestes casos, terá muitas dificuldades para obter financiamento, pois a relação riscos versus retorno de um empresário é desinteressante na óptica do banco. Além disso, mesmo que consiga obter o desejado empréstimo devido ao seu historial de crédito muito positivo, deverão ser-lhe exigidas garantias pessoais que poderão ser incomportáveis, assim como juros demasiado elevados.

 

Linha de crédito, leasing, factoring

As possibilidades de financiamento através de empréstimos financeiros não se esgotam no empréstimo bancário clássico.

 

As linhas de crédito são uma forma de empréstimo bancário flexível, orientado para o curto prazo, em que a instituição credora confere à empresa o direito de, dentro de um plafond previamente acordado, retirar fundos consoante as suas necessidades de tesouraria. As linhas de crédito são especialmente indicadas para fazer face a insuficiências temporárias e previsíveis de tesouraria (frequentes, por exemplo, em negócios sazonais) ou para prevenir o aparecimento de rupturas inesperadas.

 

O factoring é igualmente um instrumento de gestão de tesouraria, ou seja, de cobertura das necessidades de curto prazo. O contrato de factoring consiste na cedência dos créditos da empresa a uma sociedade especializada que se responsabilizará pela cobrança desse crédito. A factoring adianta uma parcela do valor desse crédito à empresa, recebendo em troca uma comissão. Este método tem a vantagem da empresa poder realizar os seus créditos sem estar dependente do prazo de pagamento dos clientes. Tem a desvantagem do custo associado, que reduz a rentabilidade das vendas.

 

O leasing é um instrumento de financiamento ao qual a empresa pode recorrer quando não pretende afectar grandes quantidades de capital para ter acesso a um determinado bem (normalmente tratam-se de bens de equipamento). Num contrato leasing, o proprietário do equipamento (o locador) autoriza o utilizador (o locatário) a dispor do equipamento em troca de pagamentos periódicos, que incluem capital e juros. Findo o prazo de vigência do contrato, o locador pode adquirir o equipamento objecto do contrato, mediante o pagamento de um valor residual pré-estabelecido. Ao diferir os pagamentos, a empresa consegue garantir uma maior liquidez. No entanto, tem a desvantagem de não ser proprietária do equipamento, tendo por isso que indemnizar a locadora no caso de surgir algum acidente com o equipamento da sua responsabilidade.

 

Este tipo de financiamento é sobretudo aconselhável para a aquisição de equipamentos que não são estratégicos para a sua empresa, ou apenas serão utilizados por um período de tempo limitado. Um exemplo típico, são os automóveis ao serviço da empresa, que tendem a ser adquiridos em sistema de leasing.

 

Business angels e capital de risco

Finalmente, temos o financiamento por capital, que consiste na troca de dinheiro por uma parcela do capital e, como tal, de uma parte do controlo da empresa. Numa primeira fase, o empreendedor, face à carência de fundos próprios e aos problemas decorrentes do crédito, pode recorrer a investidores privados, sejam eles família, amigos ou business angels. Estes últimos – normalmente empreendedores que vendem o seu negócio ficando com dinheiro disponível – podem ser uma ajuda preciosa com a sua experiência e know how na gestão de pequenos negócios.

 

Tipicamente, os business angels cedem capital a empresa emergentes, cuja dimensão é ainda muito pequena para atraírem capital de risco. Por outro lado, tendem a assumir um papel de grande colaboração com o empresário, contribuindo com a sua experiência. Então, o recurso aos business angels é aconselhável nas seguintes situações:

  • Os montantes de financiamento envolvidos são pequenos e a empresa é recente;
  • No caso de o empreendedor ter um ou mais amigos com capacidade financeira que acreditam nele e, por isso, estão disponíveis para investirem no projecto.
  • O empreendedor está disponível para aceitar investidores que tenham um interesse pessoal no seu negócio, mas não quer que a gestão seja influenciada por estranhos.

Ainda em termos de financiamento de capital, temos o capital de risco. As sociedades ou fundos de capital de risco tomam participações normalmente minoritárias e temporárias (3 a 7 anos) no capital da empresa. Trata-se de uma forma de financiamento interessante, na medida em que o empreendedor não só assegura os fundos necessários, como garante um parceiro de capital que irá partilhar o risco com o empresário. Uma vez que o retorno do investidor de capital de risco é a saída do negócio, cabe ao empreendedor explicar como irá garantir uma saída em condições vantajosas.

 

O recurso ao financiamento via capital de risco só está ao alcance de negócios que apresentem potencial de crescimento ou um elevado retorno de investimento esperado. Esta forma de financiamento é adequada nas seguintes condições:

 

 

  • O empreendedor possui uma ideia e uma tecnologia excepcionais, que lhe permitiram (ou permitirão) conquistar uma base de clientes de elevado potencial.
  • O empreendedor está disponível para partilhar o controlo da empresa com terceiros.
  • A empresa está numa fase pré-IPO, isto é, pretende distribuir parte do seu capital em bolsa num futuro próximo, o que implica necessidades extra de capital.

 

 

 

 

O CAPITAL DE RISCO

 

            Capital de risco: o que é?

            História do capital de risco

            O Capital de risco em Portugal

            Formas de entrada do capital de risco

            Vantagens do capital de risco

            A saída do capital de risco

 

 

 

No nosso país, verificamos que, por norma, as sociedades capital de risco pouco se interessam por pequenas operações, ao contrário do que acontece em Espanha e noutros países de elevado crescimento como a Finlândia e a Irlanda. Nestes países associado ao crescimento do PIB, presenciamos elevados níveis de investimento através de capital de risco e dentro deste tipo de financiamento um importantíssimo peso dos investimentos do capital semente e das start-up’s.

 

Conhecedora deste desafio que se coloca à economia portuguesa e aos seus empreendedores, a PME-Portugal criou a SGPME – Sociedade Capital de Risco de forma a colmatar a lacuna existente no nosso país neste sector.

 

Uma capital de risco que incute especial ênfase às empresas inovadoras e diferenciadoras que desenvolvam I&D proprietário, e com forte possibilidade de venda desse I&D internacionalmente ou de produtos e serviços associados que possam ser exportados.

 

A SGPME tem também um protocolo assinado com o IAPMEI, no âmbito do FINICIA – plataforma criada com o objectivo de trazer para o terreno o escrutínio de ideias, com viabilidade, para serem transformadas em negócio, sobretudo de base tecnológica e com grande base de inovação.

 

O FINICIA proporciona uma participação de investimento no capital próprio em projectos até 100 mil euros, a candidaturas que enquadráveis no âmbito dos objectivos do programa e que sejam canalizadas, por exemplo, através da SGPME. Cabe à SGPME realizar esse apuramento das condições das ideias expostas para posterior criação de empresas.

  

 

 

 

 

 

 

Capital de risco: o que é?

 

O Capital de Risco pode ser definido como uma forma de investimento empresarial, com o objectivo de financiar empresas, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento, com fortes reflexos na gestão. É também uma das principais fontes de financiamento para jovens empresas, start-up’s e investimentos de risco com elevado potencial de rentabilização.

 

Comparado com outras fontes, como o crédito bancário, os subsídios públicos, as ofertas em mercado de bolsa e a angariação de investidores privados, o Capital de Risco destaca-se pela análise concreta dos projectos apresentados, do seu potencial de crescimento e da relação com o risco.

 

Uma vez feita essa análise, e aprovado o investimento, o Capital de Risco assume um interesse directo na sua valorização e crescimento. Comparado com as outras formas de financiamento, é a única que assume o sucesso do negócio como o sucesso do seu próprio investimento.

 

 

 

 

 

 

A História do capital de risco

 

 

O capital de risco nasceu em 1964 quando a primeira empresa do ramo, a American Research and Development (ARD) foi fundada nos Estados Unidos por Ralph Flanders, antigo presidente da Federal Reserve Bank of Bóston, pelo General Georges Doriot, da Havard Business School, pelo presidente do Mit, Karl Compton, e por outros empresários locais.

 

O objectivo inicial da O objectivo inicial da ARD passava por fazer alguns investimentos de alto risco em jovens empresas que tinham por actividade comercializar tecnologias anteriormente desenvolvidas para o esforço militar da II Guerra Mundial. Um dos primeiros investimentos realizados aconteceu em 1957, numa start-up criada por quatro estudantes do MIT. Essa empresa era a DEC. Os $70 mil investidos nesse ano renderam $ 355 milhões em 1971.

 

Como os investidores institucionais de então (anos 40 do século XX) não estiveram disponíveis para participar numa empresa pioneira de uma indústria que estava a nascer, a ARD recrutou o seu capital através de particulares, a quem vendeu unidades de participação num fundo de investimento fechado. As poucas empresas de capital de risco que foram formadas na década seguinte assumiram a mesma forma jurídica. A primeira capital de risco que se constituiu como sociedade de responsabilidade limitada foi formada em 1958, mas este tipo de sociedades continuou a ser uma minoria nas décadas de 60 e 70.

 

Foi este início auspicioso, consubstanciado no êxito da DEC, que empurrou a indústria para um desenvolvimento relativamente rápido, em grande parte devido ao programa da Small Business Investment Corporation (SBIC) em 1958. Por cada dólar de fundos para investimento que estas empresas conseguissem reunir, podiam pedir à SBA mais quatro para investir em capital de risco. Em 1965, setecentas SBIC’s dominavam completamente a indústria do capital de risco norte-americana. No entanto, uma tendência para assumir riscos em valor mais elevados do que os fundos estatais recolhidos e situações de fraude em elevada escala levaram à queda deste modelo e em 1997 as SBIC’s já só representavam 5% do capital de risco, tendo sido ultrapassadas por empresas privadas, nomeadamente empresas de responsabilidade limitada que se tornaram a forma jurídica dominante na indústria.

 

Este crescimento do investimento privado em capital de risco foi motivado por duas mudanças na legislação: o Small Business Investment Act de 1980, que reduziu as exigências contabilísticas e fiscais sobre as capitais de risco. Como consequência desse influxo de investimento privado, o tamanho médio dos fundos existentes aumentou de $18 milhões em 1979, para $68 milhões em 1993, enquanto o total de capital existente na indústria aumentou de $661 milhões em 1980, para $3,764 biliões em 1994.

 

Entretanto, o número de empresas especializadas em fases mais adiantadas de desenvolvimento aumentou de 4 para 26% do total, porque se passou a fazer uma gestão que visava lucros mais rápidos, com a alienação das participações a ser feita mais cedo. Em consequência destas mudanças, também o número de Ofertas Públicas Iniciais aumentou. Concretamente, passou de 27 em 1980, para 136 em 1994.

 

Depois de descrever resumidamente o desenvolvimento da indústria do capital de risco nos Estados Unidos, torna-se indispensável fazer o memso para a congénere portuguesa. Isso faz-se, naturalmente, em menos linha, dado que a indústria portuguesa de capital de risco é mais recente.

 

  

 

 

 

 

 

O Capital de risco em Portugal

 

 

Foi na segunda metade da década de oitenta, mais concretamente em 1986, que foi legislada a possibilidade de se criarem empresas de capital de risco, mas durante os primeiros anos apenas surgiram iniciativas neste campo provenientes do sector público da economia portuguesa, quer através de bancos públicos, quer através do IAPMEI, que utilizou fundos comunitários de PEDIP. A primeira capital de risco privada viria a ser criada apenas em 1988. com estes dois impulsos (público e privado) a indústria passou por um período de crescimento nos anos seguintes, tanto em termos de número de empresas em actividade, como de fundos investidos.

 

No entanto, esse quadro veio alterar-se significativamente, com uma redução até aos dias de hoje do número de empresas em actividade devido, por um lado, aos processos de privatização e concentração no sector bancário e, por outro lado, a alguma insatisfação com os resultados obtidos, que levou à saída de alguns operadores. Contudo, os fundos disponíveis continuaram a crescer por dois motivos, isto é, em primeiro lugar devido à operação na legislação que veio permitir a criação de diversos tipos de fundos de investimento e, em segundo lugar, à entrada de novos tipos de operadores no mercado.

 

Esta evolução não é muito distinta do que aconteceu na Europa, onde foi no da década de noventa e no início deste milénio que os fundos sob gestão na indústria do capital de risco se expandiram fortemente.

 

 

 

 

 

 

Formas de entrada do capital de risco

 

Seed Capital

Financiamento dirigido a projectos empresariais em fase de projecto e desenvolvimento, antes mesmo da instalação do negócio, envolvendo muitas vezes o apoio a estudos de mercado para determinar a viabilidade de um produto ou serviço, mas também ao desenvolvimento de produto a partir de projectos ou estudos.

 

Start-up

Implica o investimento no capital de empresas já existentes e a funcionar, ou em processo final de instalação, com um projecto desenvolvido, mas que não iniciaram ainda a comercialização dos produtos ou serviços.

 

Other early stage

Este investimento é dirigido a empresas recém-instaladas, que completaram a fase de desenvolvimento de produto e que possam já ter iniciado a comercialização, mas ainda sem lucros, sendo destinado à melhoria dos processos de fabrico e comercialização, e ao marketing.

 

Expansão

Investimento, também designado de desenvolvimento ou crescimento, é destinado a empresas que atingiram maturidade, mas que não têm capacidade própria para expandir o seu negócio, aumentar a sua capacidade de produção ou desenvolver técnicas de comercialização e promoção.

 

Management Buy-Out (MBO)

Destina-se a apoiar a aquisição do controlo da empresa pela administração ou por sócios minoritários. Exemplos destas operações vão da aquisição de subsidiárias de grandes grupos empresariais pelos seus gestores, até à aquisição do controlo de empresas ou grupos familiares, prévios à sua cotação em mercado de bolsa.

 

Management Buy-In (MBI)

Este financiamento destina-se a suportar a tomada de controlo da Administração de uma empresa por uma equipa de gestores externa.

 

Buy-in Management Buy-out

Financiamento destinado a permitir o controlo da empresa pela Administração, auxiliada pela entrada de uma equipa de gestores externa (funde o MBO e o MBI).

 

Institucional Buy-out (IBO)

Este tipo de investimento de Capital de Risco implica um envolvimento extraordinário do investidor, destinado a permitir à Sociedade de Capital de Risco ou ao investidor de risco o controlo da empresa, sendo geralmente percursor de um MBO.

 

Replacement equity

Também designado de Capital de Substituição, permite a um investidor tradicional da empresa (não relacionado com Capital de Risco, um outro accionista, p.e.) adquirir a participação de outro investidor.

 

Bridge Financing

Investimento destinado a suportar a transição de uma empresa para cotação em mercado de bolsa.

 

Resgate / Turnaround

Destinado a empresas com uma situação financeira difícil, pré-insolvência, tem como objectivos implementar projectos de reestruturação económica e recuperação financeira.

 

PtoP (Public to Private)

É uma modalidade de investimento de risco também designada de OPA de exclusão, e sem qualquer visibilidade no mercado português, visando adquirir a totalidade do capital de uma sociedade cotada em mercado de bolsa para a retirar desse mercado.

  

 

 

 

 

 

 

Vantagens do capital de risco

 


O Capital de Risco tem por objectivo financiar pequenas empresas, em início de actividade ou transformação e expansão, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento, tendo por finalidade o sucesso empresarial e o lucro.

 

  • É completamente distinto do financiamento bancário, até porque este não tem qualquer participação no risco da empresarial. O direito ao retorno do capital principal e a remuneração do juro são garantidos, independentemente do sucesso ou insucesso da empresa. O Capital de Risco, pelo contrário, participa directamente no capital social das empresas, apoiando a sua gestão e tentando optimizar ao máximo o seu sucesso, uma vez que o seu investimento está dependente dos resultados obtidos.

 Outra questão fundamental é o grau de intervenção na gestão permitido à Sociedade de Capital de Risco. Normalmente, a participação no capital é minoritária, mas a SCR é, ou deverá ser, tudo menos um silent partner.

 

  • Tendo por objecto investir numa empresa e facultar-lhe os instrumentos necessários ao seu desenvolvimento ou recuperação, a SCR pode controlar efectivamente a empresa, e obter uma remuneração substancialmente superior ao que seria garantido pela dimensão da participação social.

 Como financiamento empresarial, a melhor forma de definir as vantagens do Capital de Risco passa por estabelecer uma cooperação com os meios de financiamento tradicionais.

 

  • O financiamento tradicional (geralmente por recurso à banca) é recuperado sob a forma de capital e remunerado por juros, sendo garantido por bens transaccionáveis, principalmente imóveis, da própria empresa ou dos avalistas. Se os pagamentos do capital falharem, o credor pode accionar diversos mecanismos legais, até à insolvência da empresa e penhora dos bens do avalista.

Diversamente, o Capital de Risco não é garantido.

A Sociedade de Capital de Risco encontra-se na mesma posição do accionista, participando dos sucessos e insucessos da empresa: assume-se como uma verdadeira parceira de negócios, cuja recompensa é retirada os ganhos decorrentes da alienação da participação ou desinvestimento.

 

Recorrer ao Capital de Risco equivale a encontrar um parceiro de negócios, cujos resultados estão integralmente dependentes do sucesso da empresa e dos seus resultados.

 

Mas o Capital de Risco não pode, nem deve ser encarado como um lender of last resort ou última salvação de empresas.

 

  • O objectivo do Capital de Risco é identificar empresas com elevado potencial, mesmo que se encontrem em situação financeira delicada, realizar uma entrada de dinheiro como contrapartida de uma participação minoritária e, pela intervenção directa na gestão da empresa, implementar soluções profissionais, desenvolver estratégias de eficiência na produção e distribuição, marketing e promoção, e assim contribuir para a valorização do negócios.

 A análise que o Capital de Risco faz da situação financeira de qualquer empresa é radicalmente diferente da análise de um banco. Por exemplo:

 

  • Um banco irá averiguar se a empresa apresenta um debtlequity ratio que lhe permita solver os compromissos financeiros e se dispõe de património ou activos de garantia.
  • O Capital de Risco, pelo contrário, tenta determinar se a empresa tem potencial de crescimento e valorização, mesmo que não tenha grande capacidade de solvabilidade.

 Uma vez que as Sociedades de Capital de Risco têm por objectivo o investimento para valorização, são dotadas de uma estrutura profissional e de uma rede de contactos e parcerias que permite desenvolver as perspectivas dos seus parceiros de negócio:

  • Estratégias de marketing
  • Desenvolvimento de produto
  • Facilidades no recurso à banca tradicional
  • Gestão valorizada pelo rigor e desejo de valorização do negócio
  • Desenvolvimento integrado de soluções para o negócio, desde a administração da empresa até às suas estratégias de distribuição ou comercialização.

 Os parceiros do Capital de Risco devem compreender que a entrada de Capital de Risco não é equivalente à tomada de controlo da empresa.

 

O Capital de Risco não se ocupa da gestão da empresa: apoia a gestão e a inovação, sustentando as acções que possam contribuir para a sua valorização.

 

Com a rede de contactos criada pela intervenção exclusiva nesta actividade, os investidores de Capital de Risco podem oferecer aos seus parceiros soluções integradas de financiamento, complementando o seu investimento com o recurso à banca tradicional e optimizando os esquemas de benefícios fiscais e apoios públicos ao desenvolvimento empresarial e ao investimento.

 

 

 

 

 

 

A saída do capital de risco

 

 

O Capital de Risco é um investimento de curto ou médio prazo no capital da empresa, por natureza, é sempre um investimento temporário. Como a sua remuneração está dependente das mais-valias realizadas, importa saber quais os mecanismos de desinvestimentos – de saída – do Capital de Risco.

 

A saída pode assumir diversas formas:

 

  • Venda da participação aos seus antigos titulares, tanto de forma espontânea como pré-negociada logo no momento do investimento. Contratos-promessas, opções call e put e MBO são as variantes mais comuns.
  • Venda da participação a terceiros, quer a investidores tradicionais como a outros investidores de Capital de Risco (caso em que o desinvestimento assume a designação de secundary buy-out).
  • Venda em Mercado da bolsa, em especial quando o Capital de Risco assumiu a natureza de bridge financing. Esta é uma das formas preferidas de desinvestimento nos mercados mais desenvolvidos, ou com uma projecção das PME em mercados de bolsa superiores ao mercado português. A pouca expressão do mercado bolsista português e a inexistência de mercados de bolsa especializados em PME ou em sectores específicos de actividade faz com que estas formas de desinvestimento tenham pouca expressão em Portugal.

 


 

 

 

 

A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS: Financiamento PME – o que fazer?

 

Para crescer, precisamos de financiamento.

No entanto, desde sempre uma das maiores dificuldades apontadas pelas nossas PME tem sido o financiamento.

 

Esgotados os capitais próprios de sócios, da própria empresa, da família, dos amigos, dos conhecidos, as PME têm-se visto reduzidas, na sua quase totalidade, ao recurso ao crédito bancário.

 

Os outros instrumentos de financiamento como cotação em Bolsa, emissão de empréstimos obrigacionistas ou mesmo o capital de risco têm estado sempre reservados às grandes empresas.

 

De louvar que, no caso desta última modalidade de financiamento – capital de risco – começam ultimamente a surgir algumas sociedades de capital de risco vocacionadas para as PME.

 

Como falar com a Banca?

A Banca, cada vez mais concentrada em Portugal, tem um poder imenso e o poder negocial de uma PME é extremamente reduzido junto das Instituições Bancárias.

 

Os clientes, sejam eles particulares ou empresas, têm de estar cada vez mais atentos às regras e operações bancárias, de forma a melhor gerirem o seu dia-a-dia, quer em termos operacionais quer em termos de custos financeiros.

 

As comissões têm subido de maneira muito significativa e as claúsulas contratuais são cada vez mais complexas, como tem vindo a ser debatido publicamente nos últimos tempos.

 

Esta situação faz com que algumas regras básicas devam ser seguidas no relacionamento com os Bancos e que se dividem em dois momentos essenciais:

  • No início de relacionamento bancário:
    • é nesta altura que as PME podem e devem negociar as condições de forma mais completa:
        • comissões, taxas de juros, prazos, avales pessoais, entre outras;
    • a empresa deverá disponibilizar informações de maneira transparente:
        • dentro do que considerar apropriado -, mas tendo que a Banca dispõe de um sistema de informação bastante completo;
    • os contratos de crédito:
        • deverão ser cuidadosamente analisados antes de assinados, pois é este o momento ideal para se negociar alterações. Após a assinatura, qualquer mudança é não só muito mais dificultada, como habitualmente é penalizadora para a PME ou para os avalistas

 

  • No dia-a-dia desta relação negocial:
    • dentro do possível, as empresas deverão tentar cumprir as claúsulas estabelecidas, mas simultaneamente acompanhar a evolução das taxas de juro, comissões, etc.;
    • se considerarem que estão a ser penalizadas é conveniente reclamar – de preferência por escrito;
    • se a empresa tem um bom historial bancário:
        • deverá tentar informar-se sobre hipóteses de alternativas de financiamento;
        • ter plafonds de crédito de segurança negociados, mesmo que não os utilize. De facto, o mercado em quase todos os sectores, encontra-se em elevada instabilidade, pelo que é aconselhável ter a parte financeira protegida.
    • quando a PME pretender um reforço de limites de crédito:
        • deverá preocupar-se com os seus saldos de depósito à ordem, condução da conta e liquidação das operações a decorrer, de forma que a imagem junto do Banco seja positiva, pois esses serão dos elementos em análise por parte da área comercial que será a primeira – ou a única, conforme as Instituições – a emitir parecer sobre os créditos.
    • Em caso de incumprimentos/dificuldades:
        • embora varie consoante a gravidade do caso - constata-se que muitas vezes será preferível uma negociação atempada/antecipada da situação com a Banca, de forma a dilatar prazos/prestações.

Como falar com o Capital de Risco?

Embora seja uma modalidade diferente – estamos a falar de um sócio – as regras dentro de certa medida são similares.

 

Também aqui podemos dividir em momentos essenciais de relacionamento:

  • No início de relacionamento/proposta de parceria à capital de risco:
    • O plano de negócio proposto deve ser o mais completo possível;
    • O preço de entrada da capital de risco deve ser justo e proveitoso para ambas as partes;
    • Pode negociar-se as condições de saída da capital de risco desde o início

 

  •  No contrato:
    • Negociação ponto a ponto;
    • Todas as claúsulas devem ser cuidadosamente revistas e acertadas.

 

  • No dia-a-dia desta relação negocial:
    • as empresas deverão tentar cumprir as claúsulas estabelecidas;
    • deve existir uma relação de total transparência para com o sócio (capital de risco), dado que se trata de um parceiro de negócio. A quabra de confiança pode ter consequências gravosas para o desenvolvimento do negócio e oportunidades que vão surgindo.

 

  • Na saída do sócio/capital de risco:
    • Cumprimento da contrato de saída;
    • e/ou avaliação da quota de capital de risco e sua venda no mercado e/ou aos outros sócios de forma proveitosa para ambas as partes.

 Votos de bons financiamentos e bons negócios.

Ana Isabel Maia

Unignosis – Consultadoria de Gestão, Unipessoal Lda.

 

 

 

 

 

 

TESTEMUNHOS DOS ESPECIALISTAS: Os empresários

 

Uma das principais queixas dos empresários quando recorrem ao financiamento bancário, regra geral, refere-se ao processo burocrático que têm de atravessar, bem como o imenso tempo que aguardam para que um crédito lhes seja concedido. Este dossiê sobre financiamento apresenta-lhe o testemunho de alguns desses empresários.

 

Os bancos “só facilitam o chouriço, se nós lhes dermos três porcos”, sublinha Vitorino Santos. E o tempo que demoram a conceder um crédito “depende por vezes do próprio gerente do banco. Se formos pessoas já conhecidas, o processo é mais rápido”. Relativamente às garantias solicitadas pelos bancos na hora da concessão do financiamento que já solicitou, o empresário acrescenta que foi-lhe solicitado um aval da esposa.

 

Embora o crédito bancário lhe tenha sido concedido facilmente, o empresário Ivo Silva também lamenta o facto de os bancos demorarem muito tempo a conceder o financiamento, reconhecendo que “eles também têm de salvaguardar a parte deles”. Quanto a garantias que lhe tenham sido solicitadas, Ivo Silva refere que, geralmente, os bancos “pedem o balancete da empresa, para ver se esta tem condições de pagar a letra do empréstimo”, bem como “balanço dos bens”.

 

Da mesma forma, Francisco Castanheira refere que “a burocracia é realmente muita”. O aval de todos os sócios da empresa tem sido a principal solicitação dos bancos para avaliarem a concessão do financiamento. Para além do crédito bancário, a empresa de Ivo Silva recorreu também, há cerca de seis anos, ao sistema leasing para a aquisição de viaturas e dois armazéns.

 

O que perguntamos:

 

1 – Como caracteriza o relacionamento da vossa empresa com as entidades bancárias?

2 – Qual deverá ser a postura dos Bancos face às PME’s?

3 – A vossa empresa já recorreu ao crédito bancário?

 

E o que responderam:

 

Ivo Silva

Transportes Armindo Gomes da Silva, Lda.

12 anos de actividade

10 colaboradores

 

1. Temos um bom relacionamento com o nosso banco e conseguimos facilmente tratar do que necessitamos.

 

2. Gostávamos que nos facilitassem um pouco mais a vida. Os clientes não pagam e, posteriormente, nós também temos que pagar os nossos empréstimos a tempo. Era necessário que os Bancos compreendessem e facilitassem um pouco, porque às vezes é uma questão de dias. Por acaso, com o nosso banco nunca tivemos problemas porque eles também sabem a maneira como trabalhamos.

 

3. Sim, já tivemos necessidade de recorrer a um crédito para comprar um terreno. Conseguimos o crédito facilmente, sem problemas.

 

 

Francisco Castanheira

F. Castanheira & Filhos, Lda. – Distribuição de Produtos Alimentares

14 anos de actividade

40 trabalhadores

 

1. Até este momento, o melhor possível. Nós não temos recorrido muito à banca, mas sempre que necessitamos temos sido bem atendidos.

 

2. Gostaríamos, efectivamente, que as PME’s fossem ajudadas, não só pelos bancos, mas também, com taxas de juro bonificadas e outro tipo de apoios.

 

3. Sim, já e não tivemos muitas dificuldades porque tenho determinados bens que deixaram o banco um pouco à vontade.

 

 

Vitorino Santos

Calusa – Representações de Acessórios para Indústria, Lda.

20 anos de actividade

9 trabalhadores

 

1. O relacionamento que a nossa empresa tem com os bancos é um relacionamento normal, sem qualquer tipo de conflitos

 

2. Os bancos não dão qualquer tipo de facilidades. Todos os serviços que nos prestam são pagos, não temos qualquer benesse por sermos uma pequena empresa. As únicas benesses que temos são em função dos movimentos que fazemos com o banco.


 

 

 

 

 

A VERSÃO DA BANCA

 

Lançamos o desafio aos principais Bancos a operar em Portugal. Apenas dois responderam.

 

O que perguntamos:

 

1 – Que ofertas (produtos) têm para as PME’s em termos de financiamento?

2 – Quais os principais sectores de actividade das PME’s e de que regiões recorrem com mais frequência ao crédito bancário?

3 – As empresas, especialmente as exportadoras, queixam-se das dificuldades que encontram quando tentam aceder ao crédito para internacionalização. Como justifica este facto?

4 – Quais as requisitos gerais necessários para aceder a um crédito?

5 – Em que termos operam na área do capital de risco?

 

E o que responderam:

 

Banco BPI

 

1. O BPI dispõe de uma gama alargada de produtos destinados a financiar a actividade das PME’s, nomeadamente:

a) Apoio ao investimento

Organização e montagem de operações de investimento, com carácter de médio e longo prazo:

  • Financiamentos de médio e longo prazo, de acordo com o perfil específico dos projectos de investimento a desenvolver e com taxas de juro competitivas;
  • Crédito Especializado para financiamento imobiliário e de equipamentos (Leasing Imobiliário e Leasing Mobiliário);
  • Financiamento à construção, com o objectivo de financiar projectos no âmbito do sector da construção;
  • Financiamento Automóvel (Crédito, Leasing ou ALD);
  • Banco de Fomento Angola (BFA), participado a 100% pelo Banco BPI e vocacionado para apoiar as Empresas que pretendam desenvolver negócios em Angola;
  • Sucursal de Madrid, estrutura especializada, preparada para gerir as operações sedeadas em Espanha e para apoiar as Empresas espanholas nas suas relações com o mercado português e com o mercado angolano

 

b) Soluções Financeiras de Curto Prazo

Permitem fazer face às necessidades de tesouraria com condições de preçário muito competitivas:

  • Soluções tradicionais de financiamento, como a Conta-corrente e o Descoberto DO, que permitem fazer face a necessidades pontuais de tesouraria;
  • Papel Comercial, que constitui uma fonte de financiamento de curto prazo, baseada na emissão de valores mobiliários ao abrigo de Programas montados para o efeito;
  • Soluções de Trade Finance que permitem tornar mais eficiente a relação da empresa com os seus clientes e fornecedores, baseadas em operações de desconto, factoring – que possibilita uma optimização da gestão das cobranças e a cobertura de risco - e serviço de pagamento a fornecedores, que permite efectuar os pagamentos nas datas acordadas e com redução de custos;
  • Operações de Estrangeiro;
  • Outras soluções, nomeadamente Cartões de Crédito e Private Label.

 

2. O BPI é um Banco de cariz global e universal, estando presente em todos as regiões e sectores de actividade.

 

3. Exactamente para obviar a certas dificuldades de que as empresas se queixam quando decidem internacionalizar-se, o Banco BPI iniciou no ano passado um estratégia de apoio às empresas exportadoras, através da criação de uma oferta específica - Oferta BPI Exportação - que agrega um conjunto de soluções específicas pensadas exclusivamente para as necessidades das empresas exportadoras

 

A Linha BPI Exportação é uma solução de financiamento de médio prazo e foi especialmente criada para financiar investimentos relativos a apoio à exportação, incluindo fundo de maneio, acções de promoção comercial no exterior e acções de reforço das marcas portuguesas no estrangeiro.

 

Ao recorrer à Linha BPI Exportação, a Empresa garantirá:

  • Acesso a condições de financiamento bastante competitivas, com um spread inferior ou igual a 1,25%;
  • Flexibilidade no prazo de financiamento, para se adaptar a diferentes necessidades e características do investimento.

Por outro lado, atendendo a que Angola é considerado o país africano com maior potencial de crescimento e um dos mercados mais promissores a nível mundial, e por forma a incentivar as relações comerciais com Angola, o BPI e o BFA lançaram a Linha Angola Express, uma linha de crédito de 150 milhões de dólares destinada ao financiamento de exportações das Empresas portuguesas para Angola.

 

Com a notificação do BFA, que assume o risco do importador, a empresa poderá beneficiar da confirmação ou adiantamento de 100% do valor das suas exportações, nas seguintes condições:

  • Finalidade: financiar exportações de bens de consumo e intermédios para Angola, por parte de Empresas exportadoras portuguesas que sejam Clientes do BPI e cuja contraparte angolana (importador) seja Cliente do BFA;
  • Prazo: igual ao prazo do crédito aprovado ao importador pelo BFA, até ao limite de 24 meses;
  • Spread: 0,5% até 12 meses e 0,75% entre 12 e 24 meses;
  • Comissão de confirmação: 0,25% por trimestre ou fracção, pelo prazo de validade do crédito documentário.

 

4. Para aceder a um crédito, o Cliente deverá estar preparado para disponibilizar ao Banco um conjunto de informações relativas à empresa e ao projecto:

  • Empresa: identificação dos sócios / accionistas, historial da empresa e descrição da actividade, etc;
  • Projecto: promotor, memória descritiva do projecto, instalações (próprias / arrendadas), principais concorrentes e fornecedores.

 

O promotor terá que proceder à abertura de conta junto do Banco BPI, preenchendo, para o efeito, a Ficha de Informação de Pessoa Colectiva, a Ficha de Informação de Individual (uma ficha para cada representante ou procurador com poderes para movimentar a conta) e disponibilizar um conjunto de documentos comprovativos dos dados obrigatórios, conforme previsto no Aviso nº11/2005 do Banco de Portugal.

 

O Banco BPI está disponível para apoiar projectos com as mais diversas maturidades, sendo que as taxas de juro serão definidas de uma forma casuística tendo em conta o risco associado.

 

Também as garantias associadas ao financiamento serão definidas casuisticamente adequadas a cada tipo de projecto e aos respectivos promotores. Para projectos de investimento, o Banco solicita geralmente garantias reais e/ou pessoais.

 

Existem também algumas exigências ao nível dos capitais próprios que variam consoante a tipologia do investimento e do sector em que se insere.

 

5. O Banco BPI disponibiliza um conjunto de soluções de capital de risco que permitem a participação minoritária e temporária no capital social da Empresa, partilhando o risco de negócio juntamente com os promotores.

 

Estas soluções permitem à Empresa aceder a um conjunto de vantagens, nomeadamente:

  • Reforço de capitais próprios;
  • Apoio à gestão, sobretudo nas componentes estratégica e financeira;
  • Reforço da credibilidade institucional;
  • Acesso a uma equipa com experiência complementar.

 

Millennium BCP

 

1. A oferta que o Millennium bcp dispõe para este segmento de mercado é bastante diversificada, tentando cobrir todas as necessidades financeiras nesta área, nomeadamente:

1. Financiamento à Tesouraria

Facilidades de descoberto

Contas Correntes Caucionadas

        

2. Antecipação de Receitas

Crédito Comercial (Desconto de Letras)

Factoring

 

3. Apoio ao Investimento

Crédito Longo Prazo (Conta Empréstimo)

Leasing Imobiliário, Equipamentos e Automóvel

Renting

 

4. Apoio a Importações/Exportações

Crédito documentário

Remessas documentárias

 

5. Outros Instrumentos

 

Garantia Mútua

O Millennium bcp, em colaboração com as Sociedades de Garantia Mútua, disponibiliza ainda aos seus Clientes PME um instrumento denominado Garantia Mútua.

 

É um produto financeiro para apoiar PME's, disponibilizado por Sociedades de Garantia Mútua (SGM), que funciona através da emissão de garantias em nome das Empresas (PME's), assegurando o cumprimento de compromissos assumidos.

 

As Sociedades de Garantia Mútua são Instituições de Crédito que prestam Garantias on first demand (pagas à primeira solicitação). Assim, é possível facilitar o acesso das Empresas ao crédito e promover a obtenção de melhores condições de financiamento

 

Cliente Aplauso

Para os melhores Clientes deste segmento - denominados "Clientes Aplauso" - O Millennium bcp dispõe ainda um de uma oferta em condições muito especiais, destinada a Clientes seleccionados mediante rigorosos critérios de envolvimento com o Banco, além de aferição do dinamismo e modernidade da empresa (PME). Todos os Clientes seleccionados como "Clientes Aplauso" recebem ainda do banco um "Diploma" que certifica o facto de terem sido seleccionados entre os melhores Clientes.

 

2. Não existe um padrão definido no que respeita às regiões ou sectores de actividade que mais solicitam crédito, a tendência acompanha as características de cada região e cada sector, os sectores com maior intensidade de capital e as regiões com maiores carências ao nível das infra-estruturas económicas são aqueles que, naturalmente, solicitam mais crédito podendo os sectores variar de acordo com cada região de acordo com os "clusters" existentes em cada uma.

 

3. Da oferta descrita no tema 1., destacamos os instrumentos de financiamento à tesouraria, designadamente as Contas Correntes. Os produtos de apoio ao investimento em geral também têm bastante procura, com destaque para a Solução Leasing.

 

Será ainda relevante referenciar o significativo crescimento que em 2006 se verificou na procura do instrumento Garantia Mútua.

 

4. A decisão de internacionalização de uma Empresa é um acto de gestão cuja decisão tende a ser das mais complexas e difíceis de tomar pela Administração das Empresas.

 

Consciente destas dificuldades o Millennium bcp procedeu à análise das condições internas e externas e tomada a decisão de efectuar o processo de internacionalização, colocando à disposição um Centro de Competências Especializado, composto pelas equipas do Millennium Trade Solutions e da Plataforma Internacional de Negócios, criado para aconselhar a Empresa (PME) no apoio às Exportações, Importações, relacionamento Mutinacional e Acções de Internacionalização, habilitado a desenvolver uma oferta ajustada às respectivas necessidades.

 

5. A avaliação pelos Bancos do risco associado à concessão de crédito às PME's passa essencialmente pela análise de de Risco da PME e do nível de Protecção (garantias) associado a cada operação.

 

A avaliação quantitativa do risco passa pela análise da situação económico-financeira da empresa e ainda por uma avaliação qualitativa. Neste processo de avaliação é naturalmente importante a presença de demonstrações financeiras no quadro de uma informação transparente, sendo igualmente factores relevantes a ausência de incidentes no sistema financeiro e situação regularizada junto da segurança social e autoridade fiscal.