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CRIAR EMPRESAS PARA VENCER NO MERCADO
Para vencer nos mercados externos é fundamental dispor de empresas locais detidas parcial ou totalmente pela sede. No caso das potências emergentes, que explicam o crescimento acelerado das exportações lusas, só estando efectivamente nos mercados, e controlando as operações se pode vender em escala, ter lucros, controlar custos e repatriar capitais.
 
Ora quando as empresas se dirigem a novos mercados, é precisamente para alargar vendas e lucrar. Isso só é possível estando lá, conhecendo e convivendo com os potenciais clientes, para os tornar efectivos, fiéis e correntes.
 
Em mercados extracomunitários como Brasil Angola ou China, só se controlam os custos de importação estando no mercado ou tendo o parceiro certo. Além do frete, há os impostos de importação e consumo, há o desalfandegamento, a armazenagem e depois a venda. Trata-se de processos cruciais que só têm sucesso, caso sejam perfeitamente controlados pela sede, pois nele reside o controlo do produto, dos custos e portanto (e sobretudo) da margem de lucro. E também nele se situará o sucesso ou insucesso do negócio.
 
Comparar Brasil ou Angola com Espanha, um mercado fronteiro sem alfândegas, onde um vendedor ou um gestor pode de carro ir e vir no mesmo dia a clientes, é uma pura ilusão. O Brasil é um continente como a Europa, mas entre nós e o Brasil há um oceano de diferenças. De legislação, fiscalidade e hábitos. Mas também de crescimento, dado que o país que cresceu 7,5% em 2010, viu as vendas internas crescerem 11% apenas este ano, as exportações crescerem 27% em Setembro, e oferece uma infinidade de oportunidades. Só que como não é Espanha nem Europa, as oportunidades só se concretizam lá, no terreno.
 
Igualmente Angola encerra em si muito potencial mas sobretudo quando a empresa assegura a gestão e controlo do negócio em particular a componente legal (autorização de investimento estrangeiro) que lhe assegure o repatriamento de capitais investidos.
 
Mas perguntará será possivel olhar para os mercados externos numa óptica de venda (através de um distribuidor que controla os canais)?, claro que sim. Simplesmente, nestes casos, a empresa terá que absorver que o risco é de terceiros e, consequentemnte o lucro também. E, neste caso, no mercado da plena oferta, ao vender (sem valor acrescentado e sem controlar os canais) o preço mais baixo é o que qualquer comprador pretende. Prepare-se pois para ser altamente competitivo nos cotações que apresenta.
 
Se a sua empresa tem ambições, então veja o que caracteriza as empresas lusas que mais exportam para Brasil ou Angola. Olhe para o TOP10 e descubra: as dez maiores exportadoras para qualquer um destes mercados exportam para elas próprias, pois criaram empresas nos mercados. Não foi um acaso. Foi em todos os casos, um sucesso construído que agora aproveita o elevado e sustentado crescimento económico.
 
E a sua empresa? Do que está à espera para exportar e se internacionalizar?
 
Lurdes Mota Campos
Advogada, MBA, Gestora de Projectos