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PME TORNAM-SE MAIS FORTES E COMPETITIVAS
(Por: DC&I – PME-Portugal | Março 2007)
 
 
ÍNDICE
 
 
 
 
 
  
INTRODUÇÃO
 
Em Portugal, há muitos empresários de sucesso mais do que comprovado, revelando uma garra e vontade intermináveis de continuarem a contribuir para o desenvolvimento da economia nacional. A prová-lo está o estudo realizado no âmbito do Programa PME XXI, promovido pela Associação PME-Portugal.
 
Em três edições consecutivas, o Programa PME XXI possibilitou a 332 micro e pequenas empresas, dos mais diferenciados sectores de actividade e de diversos pontos do país, beneficiarem de apoio técnico, acompanhamento e formação.
 
A consultoria de que estas empresas beneficiaram permitiu-lhes um diagnóstico e detecção dos pontos críticos, o apoio técnico na execução e acompanhamento das intervenções nos pontos críticos e nas áreas-chave de desenvolvimento das empresas, bem como o levantamento e análise da conformidade legal.
 
Por outro lado, a formação de que estas empresas foram alvo, possibilitou o levantamento das necessidades a este nível e a respectiva formação nas áreas-chave entretanto detectadas.
 
As grandes áreas de intervenção do PME XXI nas empresas abrangidas podem resumir-se a finanças, comercial e marketing, qualidade, ambiente, higiene e segurança e sistemas de informação.
 
Dos inúmeros objectivos que o programa pretendeu atingir ao actuar junto dos empresários, destacamos:
  • A resolução dos problemas de financiamento da actividade;
  • O conhecimento do mercado ao nível da concorrência e/ou clientes;
  • O desenvolvimento de um sistema de controlo de margens, preços e comissões;
  • A criação ou melhoramento da imagem da empresa;
  • A resolução de problemas na área das tecnologias de informação;
  • O melhoramento da organização e gestão da produção;
  • A definição de processos de recrutamento e selecção de pessoal;
  • A implementação de sistemas de gestão ambiental, gestão da qualidade, segurança, higiene e saúde no trabalho;
  • Entre muitos outros.
 
 
 
ESTUDO PME XXI - Edição 2006
 
À semelhança das edições anteriores, também em 2006 a PME-Portugal realizou um estudo com as 115 micro e pequenas empresas que, no ano passado, beneficiaram do Programa PME XXI.
 
Segundo Lurdes Mota Campos, Gestora deste Programa, “enquanto que as tendências económicas revelaram para a economia portuguesa uma recuperação ténue, no Programa PME XXI quatro em cada cinco empresas aumentaram ou mantiveram o volume de negócios”. E acrescentou, “enquanto que em Portugal todos lutamos por criar emprego, embora o desemprego tenha crescido, 80% das empresas envolvidas no programa mantiveram ou criaram novos postos de trabalho”.
 
O estudo realizado revela que 80% das empresas mantiveram ou aumentaram o volume de emprego, 7% criaram mais de 10 postos de trabalho e 3% empregaram pessoas portadoras de algum género de deficiência.
 
O mesmo estudo conclui que 63% das empresas envolvidas apresentaram uma situação financeira normal ou boa, 86% aumentaram o investimento e 61% fizeram investimentos de expansão.
 
 
 
É ainda de salientar que das empresas envolvidas no estudo 79% mantiveram ou aumentaram o volume de negócios e 68% aumentaram o volume de negócios.
 
 
 
Destaque vai também para 71% das empresas que revelaram práticas de inovação, 45% que se diferenciam pela aposta na qualidade e 40% que de diferenciam pela inovação tecnológica e/ou de produto.
 
 
 
 
UM PROGRAMA “SMART”
 
Jorge Remondes
(Consultor do Programa PME XXI)
Excerto do discurso proferido em 24 de Março de 2007, na Alfândega do Porto, na sessão de entrega dos Diplomas às Empresas participantes no Programa PME XXI – Edições 2005 e 2006
 
“É verdade que o Programa PME XXI produz resultados. Mas, no início, sempre no primeiro contacto com as empresas o que eu encontro é algo muito parecido com isto: ‘Dr. Remondes há uma crise, as coisas estão muito difíceis, é difícil vender, há muita concorrência’.
Muitas vezes é difícil desenvolver um trabalho com empresários que de alguma maneira demonstram cepticismo e algumas dificuldades. Mas, também é por essa razão que penso que decidem aproveitar estes programas de apoio de incentivo. Para, precisamente, ultrapassarem as suas dificuldades.
 
A mensagem que lhes tento passar, no contexto de crise, é que é preciso enfrentar a crise. Não há outra solução. Em primeiro lugar, é tentar fazer melhor aquilo que já fazemos e tentar demonstrar perante os clientes e perante o mercado que, de facto, a nossa empresa tem alguma coisa a fazer, procurando sempre a excelência, ou seja, ser melhor que as empresas que com ela concorrem. Pode ser excelente e único, ser inovador e profissional. Mas, é necessário não ter medo de mudar processos, de mudar recursos técnicos.
 
Com o decorrer da consultoria, os empresários têm vindo a mudar as suas posições e têm investido. Têm investido em dinheiro e em tempo. No caso das empresas que eu acompanhei isso é claro e têm havido resultados. Aproveitaram o Programa PME XXI não só pela simples oportunidade de obterem mais informações, mas demonstraram intenções e envolveram-se e ajudaram a implementar várias actividades.
 
O contributo do programa, em minha opinião, e pela experiência que eu tive, ajudou as empresas que acompanhei a assumirem melhor o caminho que queriam seguir. Penso que as empresas que neste momento estou a acompanhar têm um caminho, uma estratégia, objectivos definidos, sabem o que é que querem.
 
Classifico o programa PME XXI como o Programa SMART:
  • S – Specific (Específico)
  • M – Measurable (Mensurável)
  • A – Attainable (Alcançável)
  • R – Realistic (Realista)
  • T – Time bound (Limitado no Tempo)
Porque reúne todos os requisitos daquilo que em gestão se pode considerar uma actividade inteligente. Só que não basta a inteligência.
 
É preciso vontade e querer fazer as coisas. Temos um programa inteligente, o envolvimento da Associação PME-Portugal e dos seus consultores, mas se não houvesse vontade e querer por parte das empresas o êxito não seria possível. Os resultados que se conseguiram foram estes: inteligência, vontade e querer que se traduziram em evidências.”
 
 
 
EMPRESÁRIOS TESTEMUNHAM SUCESSO DO PROGRAMA PME XXI
 
Rui Moreira
(Porlogis – Trânsito e Logística)
 
“A parceria entre a PME-Portugal e a Porlogis teve efeitos que eu considero bastante importantes no desenvolvimento do meu negócio”. Com uma já vasta experiência da área dos transitários, Rui Moreira, da Porlogis – Trânsito e Logística, Lda, sedeada em Perafita, realça a “parceria estratégica com a PME-Portugal a partir de Novembro de 2004”, data em que a Porlogis se tornou associada.
 
Uma parceria que se tornou ainda mais forte com a participação da Porlogis no Programa PME XXI que, através de um consultor designado pela PME-Portugal, permitiu à empresa alcançar a sua certificação em Dezembro de 2006. “Neste momento, com a ajuda do consultor estamos a ser pioneiros na certificação, estamos a preparar este processo para sermos agentes reconhecidos nesta área a muito breve prazo”, sublinhou Rui Moreira.
 
Sérgio Figueira
(FIG – Plásticos de Portugal)
 
Embora esteja há pouco tempo na área da indústria, Sérgio Figueira, da FIG – Plásticos de Portugal, Lda., a sua “primeira experiência na indústria em termos de internacionalização foi através de uma entidade pública”. Uma experiência que, segundo o próprio empresário, não teve os resultados esperados.
 
“A PME-Portugal descobriu uma coisa que já deveria ter sido descoberta há muito tempo em Portugal. Descobriu que há pequenas empresas, que há micro-empresas no nosso país. Que há uma realidade completamente diferente das médias empresas. Que uma coisa nada tem a ver com a outra”. daí que o empresário lance o desafio de “programas como o PME XXI não deverem ser apenas de um ano”. E acrescenta a “necessidade de se criarem equipas de técnicos, competentes como os da PME-Portugal que têm dado provas disso, e que sejam permanentes”.
 
Sérgio Figueira considera o apoio técnico às empresas “extremamente importante” e desafia o próprio Estado a criar condições e a permitir que associações, como a PME-Portugal, tenham condições para terem “um conjunto permanente de técnicos que apoiem as empresas”. O apoio consultivo que a FIG recebeu, através do Programa PME XXI, para a sua internacionalização e que permitiu elaborar um estudo de mercado, deixou o empresário extremamente satisfeito.
 
“O meu agradecimento muito sincero porque creio que além do óptimo serviço, todas as pessoas com quem tenho contactado na PME-Portugal têm-me parecido que são todas bastante responsáveis. Já lidei com muitas associações empresariais, mas sinceramente não encontrei nem técnicos tão bons a prestar assistência, nem pessoas tão responsáveis e conscientes dos serviços que têm de prestar às empresas”, conclui Sérgio Figueira.
 
Noélia Peixoto
(Annopei II Granitos)
 
Noélia Peixoto, da Annopei II Granitos, Lda., afirma que, embora não tivessem detectado anteriormente qualquer tipo de necessidade, “achamos o PME XXI muito interessante, quando nos foi apresentado, e concordamos que era a altura de investirmos e avançarmos para algo maior”.
 
Caracterizando-se por uma empresa que desenvolve a sua actividade essencialmente na área da importação, exportação e comercialização de pedras ornamentais, os seus gerentes optaram pelo apoio ao nível da Certificação da Qualidade. Até porque, “hoje em dia, as empresas ligadas à nossa área começam a solicitar a certificação”.
 
Segundo a empresária, “o Programa PME XXI correu muito bem. Tivemos uma consultora que não podia ser melhor. Não estamos nada arrependidos, antes pelo contrário”, assegura.
 
Deolinda Teixeira
(Índice – Pinturas Publicitárias)
 
Com uma carteira de clientes, predominantemente na área dos transportes rodoviários de passageiros, a aumentar gradualmente, os responsáveis da Índice – Pinturas Publicitárias, Lda. orgulham-se do facto de esse mesmo crescimento se dever ao nível de satisfação dos clientes que é muito elevado. Após 13 anos de actividade, para acompanhar este crescimento e colmatar algumas lacunas, os responsáveis pela empresa sentiram necessidade de criar uma outra estrutura. Trata-se da Top Índice, vocacionada essencialmente para a impressão digital em grande formato.
 
Segundo Deolinda Teixeira, responsável pela área financeira, recursos humanos e qualidade da Índice, Lda., decidiram participar no Programa PME XXI para obterem apoio na área da Certificação da Qualidade. O objectivo primordial foi o de “fidelizar os nossos clientes” e dá como exemplo o facto de um dos seus grandes clientes ter afirmado que se fossem certificados, “muito dificilmente deixariam de ser nossos clientes”.
 
Outro dos benefícios que os responsáveis da Índice retiraram do PME XXI foi também a “ajuda na gestão da empresa. Trata-se de uma empresa muito simples, de fácil organização. No entanto, o facto de estarmos a implementar a Certificação através do PME XXI tem-nos ajudado bastante”, sublinha Deolinda Teixeira.
 
Sérgio Teles
(Elidev – Desenvolvimento Electrónico)
 
Outra empresa que beneficiou do Porgrama PME XXI foi a Elidev – Desenvolvimento Electrónico, S.A.. Tal como a própria designação indica, é uma empresa de desenvolvimento electrónico que cria aparelhos à medida das necessidades dos clientes. Segundo o seu administrador, Sérgio Teles, “podemos considerar que se trata de uma empresa com algumas oscilações”. Isto porque, “quando temos projectos para desenvolver estamos bem, quando não os temos, não existe fonte de rendimento”. No entanto, desde a criação da empresa, “temos conseguido manter uma carteira de encomendas mais ou menos constantes”.
 
Sérgio Teles acrescenta ainda que “em alturas de algum sufoco, temos de arranjar alternativas aos projectos”. Um problema que está relacionado com “a crise pela qual passam as empresas, não havendo liquidez para financiar projectos de inovação”. E foi precisamente esta oscilação que levou a Elidev a candidatar-se ao PME XXI, “no sentido de encontrarmos um novo caminho de orientação”. Um caminho que, “quando não há projectos, tem de passar pelo desenvolvimento de produtos próprios”.
 
Ora, a Elidev “é uma empresa que tem engenheiros próprios que apenas sabem criar aparelhos, não sabem fazer planos de marketing, nem se sentem à vontade na actividade comercial”. Daí que, o Programa PME XXI, tenha surgido como “a oportunidade de ter alguém especializado que ajudasse a empresa a fazer viragem”. Resumidamente, a intervenção focalizou-se ao nível da elaboração de um plano de marketing que permitisse à empresa “efectuar uma mudança para uma actividade mais baseada em produtos”.
 
E os resultados estão à vista: “uma parte dos resultados da empresa já é de produtos criados e produzidos por nós. Uma coisa que nunca tinha acontecido. Já temos um portfólio com cerca de nove produtos na área do áudio profissional criados por nós”, sublinha Sérgio Teles, acrescentando que já conseguiram algumas parcerias para a comercialização dos mesmos.