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15-05-2009 ENTRADA DO ESTADO NO CAPITAL DA COSEC

Antes de mais é preciso clarificar qual o motivo para a tomada de controlo da Cosec, até porque a sua estrutura accionista é composta pelo 5º maior banco nacional, e pelo maior grupo mundial de seguradores de crédito, e por outro lado qual o motivo que a originou. Depois é preciso saber qual a estratégia que o governo vai implementar na gestão da mesma.

 

Quanto às preocupações das PME’s, obviamente que se assiste uma retracção da concessão de seguros de créditos, que são fundamentais para a actividade das empresas, mas julgamos que este recurso recorrente do estado a aumentar a sua participação no sector financeiro é preocupante, até por causa dos exemplos recentes, como sejam as Sociedades de Capital de Risco com participação do estado, que não são propriamente o exemplo de acompanhamento de projectos oriundos das PME’s.
 
Que é preciso catapultar as exportações, isso estamos todos de acordo, a questão, é como se conseguem essas alavancagens, até porque alguns mecanismos como os “PME Invest” têm uma diferença muito grande entre o que foi pensado e o que verdadeiramente é o seu resultado no terreno. 
 
Temos algumas reservas que uma gestão pública faça melhores escolhas que uma privada.
 
Para além disso, é de lamentar que esta medida seja tomada a pedido e por encomenda, mas isso já nós estamos habituados.
 
Esperamos é que não vá direccionada a algum nicho de interesses em especial, mas que seja para servir as empresas e os empresários.
 
Esperemos ainda que o governo imponha verdadeiramente regras no sentido de sabermos para onde vão os apoios.
É que neste momento não é possível monitorizar todos os apoios que são dados principalmente os no âmbito do “Pme Investe”, e podemos estar a adensar uma série de medidas avulso, que não têm efeitos práticos absolutamente nenhuns.
Cada vez mais é premente a necessidade de disponibilizar a informação sobre cada uma das empresas apoiadas.
 
No que respeita à questão se esta recompra vai ou não resolver os problemas dos seguros de Crédito, como dizemos em cima, tudo depende da orientação e da gestão que o Governo lá vai implementar. Como neste momento não conhecemos em pormenor o conteúdo da medida, preferimos ver o que vai ser preconizado para podermos emitir a nossa opinião.
 
Braga, 14 de Maio de 2009
Declaração prestada ao Jornal de Negócios
 
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